segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A sala de aula do futuro

Ela é, ao mesmo tempo, sala de aula, biblioteca, laboratório de ciências, sala de artes e laboratório de informática Lá tem internet wi-fi e computadores. Iluminação controlada, uma cópia de um esqueleto e de um torso humano, uma placa solar, uma pilha caseira, armários e um microscópio. Também tem um quadro digital touch screen e várias mesas que acomodam três pessoas (além do computador). Todas essas características formam a sala de aula inteligente, projetada para um modelo de educação do futuro (entenda como ela funciona no infográfico abaixo). E o professor? Também está lá e tem a função de relacionar todas essas mídias através de um ensino multidisciplinar. Na sala inteligente, os alunos não usam carteiras, mas sentam-se em grupos de três em estações de trabalho e tornam-se os autores de seu próprio aprendizado.
Segundo Carvalho Neto, o aprendizado que a escola de hoje permite é centrado na comunicação verbal e visual, que seriam o topo de uma pirâmide muito mais ampla. Esses saberes, no entanto, não são suficientes para educar o aluno contemporâneo. Para um ensino completo, que transcende decorar fórmulas e teoremas, seria necessário, além desses processos, o uso de mídias (áudio, TV e vídeo), vivências (em excursões e exposições), demonstrações ao vivo, dramatizações e experimentações dos mais variados tipos (diretas ou simuladas). Para o aluno aprender, segundo essa concepção, é preciso que ele experimente.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI12447-15254,00-A+SALA+DE+AULA+DO+FUTURO.html

Projeto de lei quer limitar número de alunos por sala

Especialistas afirmam que a medida pode melhorar o aprendizado, principalmente para alunos que têm dificuldades
As recomendações que podem virar lei:
Jardim da infância (de 3 a 4 anos) Até 15 alunos por sala

Pré-escola (de 4 a 5 anos) Até 20 alunos por sala

Ensino fundamental (1ª à 5ª série) Até 25 alunos por sala

Ensino fundamental (6ª à 9ª série) Até 30 alunos por sala

Ensino médio Até 35 alunos por sala
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI105822-15228,00.html

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MENS SANA: Alunos abandonam ensino regular

MENS SANA: Alunos abandonam ensino regular

Alunos abandonam ensino regular

FERNANDA LEONEL E
JACQUELINE SILVA
Repórteres TRIBUNA DE MINAS

O crescimento vertiginoso no número de alunos na Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede pública municipal de Juiz de Fora, que saltou de 1.051 em 2006 para 4.642 neste ano, reflete o fracasso do ensino regular, incapaz de manter o estudante em sala de aula. Conforme a secretária de Educação, Eleuza Barboza, a tendência é observada em nível nacional e representa hoje um dos principais desafios dos gestores públicos da área. Ela informa que a maioria dos estudantes do EJA no município é jovem e abandonou prematuramente o sistema regular. Entre as principais explicações para a migração em massa estão a necessidade de ingressar no mercado de trabalho, o desestímulo após sucessivas reprovações e a avaliação de que o EJA é um caminho mais rápido para obter o diploma dos ensinos fundamental e médio, já que cada série pode ser feita em seis meses, ao invés de um ano. No entanto, a maioria esmagadora dos jovens que lotam as salas de aula do programa não consegue alcançar a meta. Conforme dados da PJF, essa modalidade de ensino tem índice de 40% de evasão e 35% de reprovação. “Apenas 25% dos estudantes conseguem concluir o curso. O EJA constitui uma sucessão de fracassos, que a gente tem que dar um jeito de resolver”, reconhece Eleuza.

A estudante Vanessa da Silva Rodrigues, 16 anos, é um exemplo deste quadro. Matriculada na oitava série do Centro de Educação de Jovens Geraldo Moutinho, no Centro, ela tenta recuperar a reprovação no ensino regular. “Levei bomba no ano passado e, para não atrasar na escola, optei pelo EJA. Minha mãe apoiou a decisão”, diz. Acelerar a conclusão dos estudos também é o objetivo da jovem Maria Aparecida da Costa, 19, que cursa a oitava série da mesma escola. “Tive que parar de estudar, porque engravidei. Fiquei dois anos afastada, e, agora, preciso ganhar tempo.” Já o estudante Samuel Francisco Rodrigues, 21, tem um histórico que envolve cinco repetências no ensino regular e a necessidade de ingressar no mercado para gerar renda. “A vida, às vezes, é complicada, tive que trabalhar e deixei a escola. Agora estou de volta, buscando um caminho mais rápido para concluir os estudos, porque quero um emprego melhor”, conta o jovem que está na quinta série.

‘Inversão de modelo atrofia educação’
O aumento crescente de jovens que poderiam cursar as séries regulares pela Educação de Jovens e Adultos (EJA) é criticado por educadores, que ressaltam as inúmeras desvantagens da tendência, cujos reflexos afetam tantos os alunos quanto o próprio sistema. O especialista em pedagogia da aprendizagem da Universidade de São Paulo (USP) André Lemos Trigueiro ressalta que essa “inversão do modelo educacional” transforma a educação de jovens e adultos em um atalho para o diploma. “Além de ter consequências negativas para a formação do aluno, atrofia o sistema educacional, na medida em que desvaloriza as instituições tradicionais.”

A coordenadora do grupo de estudos e pesquisas em educação de jovens da Universidade de Campinas (Unicamp), Sônia Giubilei, destaca a possibilidade de falta de vagas para quem realmente se enquadra no perfil da modalidade de ensino e a discrepância de uma sala de aula cheia de garotos que poderiam estar no ensino regular. “Os jovens são mais ágeis, e o EJA causa um certo desânimo neles; ao mesmo tempo em que cria a sensação, nos mais velhos, de que eles são lentos. É uma lacuna muito grande do ponto de vista da pedagogia.” José Absalão da Silva Filho, supervisor da Divisão de Atenção Educacional da Superintendência Regional de Ensino (SRE), destaca que o trabalho dos professores também é afetado, porque, “embora os conteúdos trabalhados no ensino regular e no EJA sejam os mesmos, a metodologia de ensino é diferenciada para cada faixa etária”.

Programas tentam barrar saída de estudantes
Apesar de menor, o número de estudantes na Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede estadual, responsável pelo ensino médio, também é significativo. Conforme o supervisor José Absalão da Silva Filho, 989 pessoas foram matriculadas nesta modalidade de ensino neste ano em Juiz de Fora. Já na rede privada, são cerca de 693 estudantes. Cientes dos problemas relacionados à explosão no número de matrículas no EJA, município e Estado buscam estratégias para combater a evasão dos alunos, tanto do ensino regular, quanto do programa. “O EJA é um balão que está inchando, mas só tem entrada. Estamos diante do desafio de salvar o ensino regular”, define a secretária de Educação, Eleuza Barboza.

Ela conta que o município vem investindo em projeto especiais. Desde agosto, por exemplo, a pesquisadora em desenvolvimento humano, com formação em neurociências, psicologia e antropologia, Elvira de Souza Lima presta consultoria ao Poder Público e aos professores. “Ela é internacionalmente conhecida, e está nos ajudando a enfrentar os desafios,” diz Eleuza. A secretária também argumenta que o município investe na alfabetização dos estudantes, tanto por meio de trabalhos quanto valorizando o material de estudo. “Se o aluno sabe ler e escrever aos 8 anos, tem mais chance de seguir os estudos regularmente”, avalia.

Transferência de recursos
Projetos como o Poupança Jovem, do Governo de Minas, e ProJovem Urbano, realizado em parceria entre o Governo federal e a Prefeitura de Juiz de Fora, têm foco nos estudantes da rede pública que não concluíram os ensinos médio e fundamental, respectivamente. As estratégias para tentar manter esses alunos em sala de aula passam por atividades extracurriculares, culturais e de qualificação profissional, mas têm como ponto forte a transferência de recursos. No caso do Poupança Jovem, o aluno que conclui o ensino médio recebe uma poupança no valor de R$ 3 mil. Já no ProJovem, cada aluno tem direito a auxílio mensal de R$ 100.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mau Humor ajuda na inteligencia

O mau humor pode deixar a inteligência mais afiada. Pelo menos é o que sugere um estudo recente publicado na revista científica Australasian Science. Segundo o pesquisador responsável pelo estudo, o professor Joseph Forgas, a tristeza e o mau humor podem melhorar a capacidade de julgar diferentes fatos e também beneficiam a memória.

O estudo foi baseado em testes que manipulavam o encorajamento dos participantes, usando filmes e lembranças, tanto as positivas quanto as negativas. De acordo com o cientista, o estado de ânimo positivo beneficia a criatividade, a flexibilidade e o senso de cooperação. Já o mau humor deixa a pessoa mais focada e atenciosa, além de facilitaro pensamento prudente, aumentando o processamento de informação no cérebro e também a capacidade de argumentação.