sexta-feira, 24 de julho de 2009

O que fazer com um jovem delinquente????


O que fazer com um filho delinqüente

Vamos estudar o capítulo 22 do volume 6 da obra A Verdade, do mestre Masaharu Taniguchi, no qual ele cita o caso de uma mãe que lhe escreveu uma carta pedindo orientação sobre seu filho, um rapaz de 17 anos que abandonou a casa dos pais, deixou os estudos e foi morar com um tio (irmão dela) em outra cidade, para trabalhar numa fábrica de material militar. Em seguida, deixou também o emprego e passou a viver na libertinagem.O pai, um professor, mandou a esposa (essa mãe) ir à casa de seu irmão ver o filho e insistir para ele voltar a estudar em uma escola agrícola. Caso ele não fizesse isso, ela não deveria trazer o filho de volta para casa. Ele achava que, sendo um educador, seria uma vergonha ter um filho que abandonou os estudos. Pediu a ela também que solicitasse orientação a um preletor da Seicho-No-Ie. Um dia, enquanto ela ainda estava lá, desapareceu dinheiro dessa casa, e, como não havia ninguém que o poderia ter roubado, todos pensaram que foi o rapaz. A mãe perguntou-lhe se não fora ele que pegara o dinheiro; ele ficou furioso, saiu de casa, voltando somente depois de três dias, completamente transtornado. A mãe não sabia o que fazer, pois o pai não queria o filho nessas condições.Educador que valoriza a justiça e esquece o amor

“Segundo o conteúdo desta carta, seu marido é um típico educador sério e correto. Quando um pai valoriza só a justiça e se esquece do amor, geralmente tem um filho assim”. O pai temia perder a reputação de bom educador, caso o seu próprio filho se degenerasse e abandonasse os estudos; o rapaz, percebendo isso, sentia-se triste, pensando que o pai valorizava mais a sua própria reputação do que a felicidade do filho. Ele perdeu a vontade de estudar, quando sentiu que o pai o colocou numa escola agrícola pensando mais nele próprio do que na felicidade do filho.
O mestre Masaharu Taniguchi diz que, quando um garoto deixa de estudar e começa a esbanjar dinheiro, é porque ele guarda ressentimento contra o pai, que é muito severo e não demonstra amor. A atitude do filho é projeção da mente dos pais.

“Seu filho está carente de amor. Ele ama o pai e a mãe, mas se sente traído por eles. Como conseguirá deixar de se entristecer e revoltar contra o pai que diz ‘Minha reputação é mais importante que você’? Ele se revoltou também com a mãe que demonstrou ter uma mente que censura e julga o filho. Isso ficou claro quando ela lhe perguntou se não foi ele que roubou o dinheiro da casa do tio. “Ele expressa o amor que sente pelos pais de modo invertido, entregando-se à delinqüência, para protestar contra isso”.

Agindo com frieza, como fizeram esses pais, é impossível melhorar um filho sensível como esse. Qualquer pessoa, mesmo um adulto, deseja sentir-se amado pelos pais.

Orientação do Mestre a esses pais
“Convença seu filho a voltar para a terra natal, pedindo-lhe insistentemente, com lágrimas nos olhos: ‘Meu filho, você não está errado. Fui eu que errei. Eu o amo, e foi por amor que apontei seus erros, querendo que você melhorasse e se corrigisse. Por amá-lo, vim só olhando seus defeitos. Sinto muito e quero que me perdoe. Se assim ficasse só olhando os defeitos, ninguém, por melhor que fosse, conseguiria melhorar. Filho querido, perdoe-me. Não é você quem está errado. Eu é que agi erradamente. Se você continuar assim, já não terei razão para continuar vivendo. Será melhor morrer. Por favor, perdoe-me. Você não está errado, sou eu a culpada. Você me perdoa?’. Antes disso, escreva uma carta para seu marido, ou encontre-se com ele na escola onde leciona ou em algum outro lugar, e explique-lhe que tudo que aconteceu com o filho foi devido ao modo errado de vocês manifestarem o amor que sentem por ele. E peça-lhe para dizer carinhosamente ao filho, quando ele voltar e revê-lo pela primeira vez: “Meu filho, estou feliz com o seu retorno! Eu só queria que você voltasse. O que me preocupa é só a sua felicidade. Nada me importa além disso, nem a minha reputação, nem a minha posição na escola”.

Amor severo
A “Educação da Vida” orienta pais e profissionais da Educação para que procurem educar as crianças, desde muito cedo, agindo com o que ela chama de amor severo.

O que quer dizer exatamente isto? Os educandos precisam sentir o calor do amor dos pais e professores; precisam sentir que é por amá-los tanto que desejam que tenham um comportamento que todas as pessoas admirem e os amem também; que desejam que sejam felizes sempre; que cumpram sua missão neste mundo, aproveitando bem o dom com que nasceram; que saibam que a felicidade deles é mais importante que a sua própria realização. Para isso, é necessário discipliná-los e treiná-los a agir de modo que todas as pessoas ao seu redor sintam-se felizes.

A “Educação da Vida” orienta, assim, que é necessário agir com amor e sabedoria. O amor que tudo permite, que não estabelece limites, é tão prejudicial quanto a sabedoria fria que só critica e julga. A educação que orienta com amor e sabedoria garante que os educandos se tornem cidadãos felizes, conscientes de seu papel neste mundo.


SEICHO-NO-IE DO BRASIL
Superintendência dos Educadores
Bibliografia: TANIGUCHI, Masaharu, A Verdade, vol. 6, capítulo 22, pp. 217-222

aos professores


A SEICHO-NO-IE DO BRASIL, por intermédio de sua Superintendência das Atividades dos Educadores, vem registrar o seu mais sincero reconhecimento de nobreza e profunda gratidão aos senhores professores e às senhoras professoras, pela incontestável e relevante contribuição, através do exercício de sua missão, na construção dos alicerces basilares desta Nação.
É de nosso conhecimento que o ensino instrui o ser humano a descobrir as leis da Natureza, ou seja, a ciência; mas a educação leva o ser humano a criar valores dentro de si mesmo. O ser humano instruído na ciência pode ser bom ou mau, porém o ser humano que educou sua consciência é essencialmente bom e feliz.
Não usamos a palavra EDUCAÇÃO em seu sentido popular (graus de instrução), mas no seu significado rigorosamente etimológico e verdadeiro: do latim edvcere, composta por EX (para fora) + DVCERE (conduzir, levar), e significa literalmente “conduzir para fora”, isto é, preparar o individuo para o mundo, sugerindo que o educador deve extrair, desenvolver e fazer manifestar o que JÁ existe na natureza do educando.
Recebam as nossas mais sinceras homenagens, por terem abraçado em sua vida a única profissão que propicia aplicar o amor na sua mais expressiva manifestação de sublimidade ... Parabéns, professores e professoras !
ASSIM SE CONCRETIZA O MUNDO IDEAL
Em sua obra Meditando Sobre a Vida, o mestre Masaharu Taniguchi trata de um dos princípios fundamentais da Educação da Vida, que é o elogio, citando a experiência vivida pelo Nobuomi Matsuura, um professor de curso secundário, narrada por ele mesmo, por ocasião de um Grande Seminário da Seicho-No-Ie, realizado no auditório público da cidade de Kanazawa.
(...) Lendo um dos volumes da coleção A Verdade da Vida, que versa sobre Educação na Prática, ele deparou com o ensinamento do seguinte teor: ‘O homem é originalmente filho de Deus. Portanto, não existem crianças ruins. Mesmo as que aparentemente são malcriadas, na verdade, são boas por natureza. Ao reconhecermos e elogiarmos os seus pontos positivos, elas manifestam a Imagem Verdadeira, que é originalmente perfeita, e passam a ser bons meninos e boas meninas’. O prof. Matsuura considerou bastante lógica essa afirmação. Justamente nessa época, ele estava tendo dificuldade em lidar com um aluno rebelde, que vivia provocando confusões. No intuito de colocar em prática o princípio da educação preconizando no mencionado livro, o prof. Matsuura resolveu procurar um ponto positivo nesse aluno para poder elogiá-lo, embora considerasse isso muito difícil. Mas, certo dia, ao entrar na sala de aula, deparou com algo que o surpreendeu: o garoto estava consertando, espontaneamente, uma carteira quebrada. O professor percebeu que era uma ótima oportunidade para elogiá-lo e disse-lhe: ‘Você fez um trabalho maravilhoso. É um aluno excelente’. Apesar dos entusiásticos elogios do professor, o aluno não teve reação de contentamento. Pelo contrário, mostrou um expressão de hostilidade como se pensasse: ‘Tá querendo me agradar com esses elogios ?. O prof. Matsuura pensou ‘ Reconheci a boa ação desse menino e o elogiei, mas ele reage de modo hostil. Será que a teoria educacional constante no livro A Verdade da Vida não passa de uma mentira? E, nesse momento, sentiu-se decepcionado. Mas, depois, refletiu sobre a própria atitude mental: ´Será que eu havia reconhecido realmente a bondade inata desse menino ? Admito que não. Eu o considerava um garoto malcriado e pensava em corrigi-lo por meio de elogios, mas só elogiava da boca para fora. Eu vinha recorrendo a um artifício. O garoto havia percebido isso, e por isso não obtive o resultado esperado mesmo quando o elogiei com sinceridade’.
“Pouco tempo depois, o prof. Matsuura teve oportunidade de participar de uma reunião das mães dos alunos, na qual estava presente a mãe do referido aluno. Ele falou com ela e disse-lhe com franqueza:
“-Eu achava que seu filho era um menino mau; mas, outro dia, vi-o consertando espontaneamente uma carteira quebrada da nossa sala de aula, e realmente fiquei admirado. Percebi que, na verdade, ele é um bom menino. Quem estava errado era eu, que não havia reconhecido a bondade inata dele. Peço-lhe que me perdoe.
“A mãe do aluno ficou muito emocionada e, vertendo lágrimas, disse: “-Oh professor,eu só tenho a lhe agradecer. Meu filho tem sido um mau aluno e, desde a 1ª serie do curso primário (ensino fundamental I) até agora, nunca havia sido elogiado por nenhum professor. Mas o senhor, em vez de criticá-lo, disse-me coisas tão boas a respeito dele.
“A partir de então, o comportamento desse estudante melhorou cada vez mais e, em pouco tempo, ele se tornou um bom aluno. “Essa transformação ocorreu porque o prof. Matsuura mudou por completo a sua postura mental em relação a esse aluno, e, ao mesmo tempo, a mãe do menino também mudou totalmente a sua postura mental em relação ao filho. Isto é, ambos passaram a contemplar a Imagem Verdadeira do menino. Reconhecer a perfeição da Imagem Verdadeira de alguém não significa elogiá-lo olhando apenas o seu aspecto fenomênico, mas sim conscientizar-se verdadeiramente de que ele é filho de Deus e, portanto, perfeito. De modo análogo, para a concretização do mundo ideal, é essencial aumentar o número de pessoas que contemplem a perfeição da Imagem Verdadeira do mundo .(...)”
A aplicação prática do poder das palavras de elogio estimula a manifestação da Imagem Verdadeira dos alunos e ajuda a aumentar o autoconfiança; por isso, é de suma importância o professor ponderar bem as palavras antes de falar.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Educador(a)
Assim que iniciar a aula, elogie seus alunos. EM seguida, peça para cada um elogiar um colega, a cada dia, enaltecendo um ponto positivo desse colega.
Pratique essa atividade por, no mínimo, 30 dias, e notará uma mudança significativa, não só no comportamento, mas na aprendizagem deles ....
Fonte: Bibliografia: CUNHA, Antonio Geraldo da. Dicionário Etimológico Nova Fronteira da LÍNGUA Portuguesa. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
TANIGUCHI, Masaharu. Meditando Sobre a Vida. 1ª Ed. São Paulo:Seicho-No-Ie do Brasil, 2006, PP. 93-96.
Compilação: educadores@sni.org.br – HTTP://sni.org.br/educadores/

terça-feira, 14 de julho de 2009

ESCOLA E PREVENÇÃO


Relacionaremos abaixo alguns temas importantes para que a tarefa da prevenção de drogas seja eficaz.1 ADOLESCÊNCIA
• Conduzir o adolescente a compreender e a aceitar as transformações bruscas que ocorrem no seu corpo, nas suas emoções e no seu intelecto nesta fase.
• Ajuda-lo a canalizar o espírito de aventura, de curiosidade, de novas sensações e de crítica para outras áreas fora das drogas.
• Encarar com naturalidade o desejo do adolescente de se informar acerca das drogas e trabalhar em cima desta curiosidade de modo criterioso e sem omissão.
2 FAMÍLIA
• Enfatizar a importância dos laços familiares, da comunicação e da responsabilidade do jovem dentro da dinâmica familiar.
• Ajuda-lo a aceitar a sua realidade familiar como também o diálogo com seus pais ou responsáveis e honrá-los.
• Dar exemplos de laços familiares que são rompidos devido à utilização de drogas pelos filhos.
• Organizar palestras para pais de alunos.
3 ECOLOGIA
• Conduzir o aluno a engajar-se, sem radicalismo, na luta pela preservação da natureza, mostrando-lhe que o nosso corpo faz parte desse equilíbrio e a dependência de drogas vai de encontro a esta harmonia.
4 PODER DE DECISÃO
• Como alguns adolescentes são facilmente influenciados pela falta do poder de decisão, as drogas podem entrar em suas vidas através de colegas que se aproveitam desta fraqueza.
• Conduzir o aluno a saber dizer NÃO, quando necessário; a não ser levado pela opinião dos outros, a tomar decisões acertadas no que diz respeito à sua vida e saúde. Não é o meio em que ele vive que determina´ra sua conduta e suas decisões. Ele deve ter personalidade própria.
• Mostrar ao aluno como os valores têm influência nas decisões que tomamos.
5 MEIOS DE COMUNICAÇÃO
• Conduzir o aluno a adotar uma postura crítica Dante da influência, muitas vezes prejudicial, que os meios de comunicação podem trazer para sua formação.
• Mostrar como novos valores e novos comportamentos da sociedade são atribuídos também aos meios de comunicação. Ex. desvalorização da cultura local.
6 PROJETO DE VIDA E PARTICIPAÇÃO DO JOVEM NA SOCIEDADE
• A adolescência é uma fase repleta de indefinições, e o educador deve ajudar o aluno a construir o seu projeto de vida e a situar-se diante da sua realidade social.
• Compartilhar com os alunos seus sonhos, seus ideais, seus planos, dúvidas e ansiedades.
• O professor deve estimular o aluno citando exemplos de pessoas que, superando as dificuldades, conseguiram realizar o seu projeto de vida. Deve mostrar, também, exemplos de outras que, procurando as drogas, interrompem o seu projeto.
• Ajudar o aluno a libertar as forças motivacionais para que ele busque novos, baseados nos seus próprios interesses e indagações.
• Procurar abrir espaço para que o aluno questione o seu momento histórico, dando consciência de sua importância como cidadão e agente transformador na comunidade em que vive. O jovem deve ser politizado e atuante. Deve ter uma visão histórica da participação do povo nas mudanças da sociedade.
• Abordar a importância da moralidade pública.
7 RELIGIÃO
• Nos dias atuais está havendo um renascimento da busca religiosa em todos o povos. Ex. Leste Europeu
• A Criança e o adolescente têm a mente e o coração abertos para aceitar a participação de Deus em suas vidas.
• A importância da religião: muitos jovens que deixaram o uso de drogas estão hoje freqüentando igrejas.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O ensino que havia em algumas escolas

Escola&violência
Não é só aqui. É em toda parte. Aqui até que
são menos violentas, apesar de, por exemplo, no Rio, professores ganharem mais por trabalharem em "área de risco". Nos Estados Unidos é aquele horror. Lá as escolas têm detectores de metal porque os alunos vão armados como se fossem para a guerra.
A última vez que entrei numa universidade lá, fiquei chocado: portas que só abrem com senhas,e se você não tem um cartão, tá fora, não entra nem na biblioteca.
Na França, por exemplo,a violência nas escolas virou epidemia. Leio agora que Sarkozy foi visitar o Liceu Gagny, que uma semana antes havia sido invadido por uma gangue em "expedição punitiva". Detalhe: "expedição punitiva" era o termo que os fascistas italianos usavam quando saíam para bater e matar os adversários.
Na França há 100 escolas consideradas nichos de brutalidade. Vejo fotografia de diretores de escolas feridos pelos alunos. Claro, os alunos se justificam:
"O professor passa todo o tempo a nos humilhar dizendo que não servimos para nada".
É verdade,o ensino francês (e de alguns outros países)curte isso.NaFrança e na Inglaterra ainda há pouco existia (ou existe?)a palmatória.
Vamos ser honestos: o ensino que havia em algumas escolas estava mais para tortura medieval. Um autoritarismo criminoso, sádico sobre adolescentes aterrorizados. Que o digam os que estiveram em internatos.Há uma vasta literatura e filmes sobre isso, além do recente ENTRE OS MUROS DA ESCOLA, que está mexendo com a cuca de tanta gente.
Na novela Caminho das Índias apresentaram uma cena em que um aluno, repreendido,
debocha da professora, alegando que não vai estudar, optou pela vagabundagem, porque
vai se virar melhor do que a professora, que ganha uma miséria. O aluno está certo, pois enquanto a profissão da professora não for valorizada,inclusive salarialmente, parte da crise não será resolvida.Oaluno está errado, porque a professora fez bem em optar pela vida e não pela morte, em optar pela solidariedade e não pelo fraude e pelo crime.
Outro dia tive uma experiência contrastante:participei do lançamento de uma antologia
– A escola e a letra (Ed. Boitempo), para a qual Flávio Aguiar e Og Doria selecionaram textos de autores brasileiros relatando como se dava o aprendizado antigamente.Num lançamento lá em São Paulo, no entanto, depois de ter lido
para o público o poema Gymnasium, que está nessa seleta,me dei conta de que estava falando de uma escola totalmente diferente da de hoje. Uma escola em que havia hierarquia e disciplina. Reprovações, repreensões e castigos eram aplicados.
Ou seja, havia uma ordem, mas, convenhamos,a violência era do sistema,da instituição. E isso não era visto como violência,posto que tal educação produzia resultados para a comunidade. Os alunos tinham que se submeter. Entendia-se que a educação pressupunha isso. A partir dos anos 1950 começou o " liberou geral".Em muitos aspetos houve melhoras, em outros, piora.A questão, enfim, que deve ser discutidaem intermináveis seminários, é esta: será que o ser humano só produz e se organiza socialmente por meio da repressão?
Ou então: por que confundimos liberdade com permissividade e democracia com licenciosidade?
Por que à primeira brecha no sistema viramos uma horda primitiva?
Não é possível encontrar um meio-termo saudável e responsável entre o autoritarismo
e a repressão de ontem e e a rebeldia irracional das gangues...
TEXTO PUBLICADO POR AFONSO ROMANO SANTÁNNA NO ESTAMINAS

USUARIOS NAS ESCOLAS



PUC do Rio vai fotografar usuários de maconhaAgência Estado

Os seguranças da Pontifícia Universidade Católica (PUC) no Rio foram autorizados a fotografar quem estiver fumando maconha no câmpus e não quiser se identificar. A medida foi tomada para evitar que pessoas estranhas entrem na instituição para usar droga e também para impedir que alunos flagrados burlem a fiscalização, dizendo que não estudam ali. A nova prática foi adotada um mês depois de a PUC-SP decidir aumentar a fiscalização em torno dos usuários de maconha.

O vice-reitor de Assuntos Comunitários da PUC-Rio, Augusto Sampaio, explicou que a instituição tem um procedimento para casos de alunos flagrados com a droga - eles são encaminhados para a Vice-Reitoria de Assuntos Comunitários e orientados. Em caso de reincidência ou de reação mais agressiva, o estudante passa por uma comissão disciplinar e pode ser punido com suspensão.

“O problema é que muitos alunos começaram a dizer que não estudavam na PUC. Temos um câmpus aberto, que funciona das 6 da manhã às 11 da noite. Não podemos permitir que funcione como um ponto de uso de drogas. Se não é aluno, será fotografado e impedido de retornar à universidade. Se for aluno e estiver mentindo, o que descobriremos com a imagem, será punido duplamente”, afirmou.

Dê sua opinião: Você acha que as universidades devem coibir o uso de drogas dentro das instituições?

PUC-SP

Após a direção da PUC-SP anunciar uma ofensiva contra os usuários de drogas no câmpus de Perdizes, na zona oeste da capital, o número de pessoas abordadas por fumarem maconha caiu até 80%. Antes do início da campanha, 10 estudantes eram abordados diariamente pelos seguranças da universidade. Agora, a média é de duas pessoas por dia. “Houve uma sensível redução de abordagem depois que passamos a conscientizar os alunos a não fumar maconha na universidade”, disse o pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias da PUC, Hélio Roberto Deliberador.