terça-feira, 18 de novembro de 2008


Aluno é esfaqueado dentro de colégio em Cascavel-PR
Agência Estado


O estudante Tiago Teixeira de Souza foi esfaqueado nesta terça no Colégio Estadual Jardim Interlagos, na zona norte de Cascavel, no Paraná. De acordo com a polícia, a confusão ocorreu antes do início das aulas do período da tarde. Um grupo de adolescentes teria pulado o muro da escola e partiu em direção a Souza, matriculado na 6ª série, que estava no pátio conversando com colegas. Ele levou duas facadas, uma na mão e outra nas costas. O aluno está sob observação médica.

O fato causou pânico no colégio. A vítima, de 14 anos, foi levada para o Hospital Nossa Senhora da Salete, centro da cidade. De acordo com o hospital, os ferimentos não atingiram nenhum órgão interno, e não há necessidade de cirurgia. O caso está sendo investigado pela polícia. "Já temos a indicação do autor do crime, mas ainda não temos o motivo da agressão", afirmou Márcia Bilibio, responsável pela Patrulha Escolar na cidade.

A diretora do Colégio Interlagos, Janete Gonçalves, disse que são comuns pessoas de fora invadirem o prédio para brigar com os alunos. "A estrutura física do colégio é precária e isso facilita a ação dessas pessoas", afirmou a diretora, que suspendeu as aulas para os alunos da tarde.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Trabalho mais que dignificante


PROFESSOR
Trabalho mais que dignificante
“O professor é condenado a dar aula. O professor segue
o calvário carregando umapasta cheia de livros e
apostilas. O professor cai diante da insubordinação e
ignorância dos alunos. O professor encontra sua mãe
que lhe diz: ‘Meu filho,mude de profissão’.
Oprofessor cansado procura um assistente. A secretária
enxuga a face suada do professor. O professor cai
pela segunda vez quando abre o contracheque.
O professor consola os alunos caídos em recuperação e
dependência dizendo: ‘Ó queridos, não chorem, no
final dá-se um jeitinho para tudo O ciclo tá aí’!
O professor é despido de sua dignidade quando
superlotam as salas de aula e o sistema sugere novas
técnicas para motivar o aluno: novos currículos,
novos tempos e novos espaços... O professor é
crucificado quando faz greve para reivindicar seus
direitos. Olha lá, eles querem mais aumento.
O professor ‘morre’ na sala de aula, pois não tem mais
condicoes de saude ,férias-prêmio e ‘outros
penduricalhos’. O professor é descido da cruz e
pisoteado pelo sistema. Os alunos o aconselham a pedir
aposentadoria. O professor espera de umas aulinhas
extras para completar o salário. O destino da
humanidade repousa sobre um novo tipo de educação:
já não se trata de armazenar conhecimentos,
nem sequer de aprender, mas de aprender a mudar.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Mãe pede perdão por filho


CIÚME
Mãe pede perdão por filho

A diretora da escola, Elaine Botelho, atribui à falta da família na escola o motivo de tanta violência. “Eu conversava com o professor e peguei os dois alunos tentando ir embora, mas ninguém sai da escola sem autorização. Pedi a eles que fossem para a sala de aula, mas o aluno o derrubou no chão. Tentei contornar a situação, mas não consegui. O jeito foi chamar a polícia”, disse Elaine, que tem 25 anos de magistério e não pretende desistir da carreira. “Acredito que somente através da educação é que nós vamos conseguir transformar esses jovens. O que falta é a família participar mais da escola”, acrescentou a professora.

A mãe do garoto agressor, segundo a diretora, já esteve outras vezes no colégio, pois o namoro do adolescente já criou vários outros problemas. “O casal briga e ele fica transtornado. Telefonei para o pai da garota e ele diz que é melhor chorar hoje do que chorar depois. A menina mora com a avó, com quem tenho mais ligação, e estou muito preocupada. Esse menino tem algum transtorno e pode fazer uma loucura. Os pais sabem de tudo, mas não tomam providências”, disse a diretora, que não vai expulsar os alunos. “Pretendo resgatá-los. Vou conversar com a Secretaria de Estado de Educação, pois acho que todo ser humano merece uma chance”.

Para a diretora, os pais não sabem impor limites aos filhos. “Eles dão tudo, mas não sabem dominá-los. E nós, professores, não damos mais conta de educá-los e ensinar todos os princípios se a família não está presente”, desabafou Elaine, que este ano já promoveu seis reuniões de pais e mantém uma ficha de acompanhamento de cada aluno. “Cumpro o meu papel de educadora, mas não posso resolver o problema do mundo sozinha”, disse.

O delegado Felipe Falles autuou o adolescente por lesão corporal e ameaça, encaminhando-o para o Juizado da Infância e da Juventude. O professor foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito. “Os casos de violência contra professores têm sido freqüentes. Pelo menos dois casos de agressão chegam à delegacia toda semana, cada vez com lesões mais sérias”, disse o delegado. “Os pais estão levando seus filhos para a escola e deixando com o professor a responsabilidade de educá-los”, disse o policial.

De acordo com a assessora da superintendência regional de ensino metropolitana A, da Secretaria de Estado de Educação, Maria Adelaide Bergo Barros, o aluno será advertido pela escola. Segundo ela, não há estatística de agressões de alunos contra professores na rede estadual de ensino, pois geralmente são ameaças verbais, que são resolvidas na escola. (PF)

DENÚNCIA HÁ UM MÊS

Em outubro, o Estado de Minas mostrou, em série de reportagens, casos de violência contra profissionais da educação em escolas de Belo Horizonte, região metropolitana e de outros estados. Foram relatos de falta de respeito em sala de aula, que começavam com alunos ‘cantando’ professores, falando expressões de baixo calão, intimidando-os e agredindo-os física e moralmente. Pesquisa do MEC revela que, de 11.467 professores entrevistados, 37,64% já tinham sofrido algum tipo de violência na escola e 83,25% não hesitaram em dizer que não estão satisfeitos em execer a profissão.

Jovens ameaçam diretora de escola

VIOLÊNCIA
Jovens ameaçam diretora de escola

Sidney Lopes/EM/D.A Press

Mesmo na delegacia, adolescentes continuaram a xingar professores
Depois de um aluno de 17 anos espancar o professor na segunda-feira, mais dois casos de polícia foram registrados ontem em escolas públicas de Belo Horizonte. Na Escola Estadual Israel Pinheiro, no Bairro Alto Vera Cruz, Região Leste, um aluno de 15 anos foi flagrado com um revólver calibre 32 na mochila. Na Escola Estadual Orôncio Murgel Dutra, no Bairro São Tomás, Região Norte, a vice-diretora Regina Lúcia Fonseca Leite pediu socorro à Polícia Militar ao ser ameaçada por duas alunas de 15 anos.

Segundo a vice-diretora, as alunas não usavam uniforme e foram impedidas de entrar no prédio, mas se revoltaram. Além de xingá-la com palavrões, as adolescentes ameaçaram surrar Regina na saída da escola. Segundo a PM, as menores são suspeitas de prostituição e de tráfico de drogas nas imediações da escola, mas apenas uma delas confessou que mantém relações sexuais por dinheiro. Mesmo na Delegacia Especializada de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), para onde foram levadas, as estudantes continuaram ofendendo a vítima.

Na escola, segundo Regina, os professores já não suportam mais os desacatos e palavrões. “Os alunos querem entrar e sair a hora que querem, sem uniforme”, reclamou a vice-diretora, que teme uma agressão mais violenta. “Eu mando chamar as mães, mas quando elas aparecem estão alcoolizadas”, disse. Outros pais, segundo ela, também são chamados para conversar e já chegam querendo agredir os professores também.

Há três anos, a Escola Orôncio Murgel Dutra tem a proteção da Patrulha Escolar, que marca presença todos os dias no local para evitar brigas. “Por enquanto, ainda estou conseguido controlar um pouco a situação. Mas, se deixar, os alunos jogam até bombas. Eles não levam armas de fogo, mas carregam estilete”, disse Regina.

De acordo com o cabo Márcio Fernandes, da Patrulha Escolar do 13º Batalhão da PM, há informações de envolvimento das menores com a venda de crack e também estariam se prostituindo. “A situação está tão insustentável que as próprias mães delas não estão agüentando. A irmã de uma delas, que estudou na mesma escola, também criou problemas e hoje é moradora de rua e vende drogas. Infelizmente, são menores de idade e estão indo para um caminho trágico”, lamentou o cabo.

ARMA

Na manhã de ontem, o inspetor da Guarda Municipal Alisson Giovanni Rosa foi chamado pela diretora da Escola Israel Pinheiro, no Alto Vera Cruz, assustada com a denúncia de um aluno armado. “Abordamos o aluno e confirmamos a suspeita. O garoto já estava dentro da sala de aula, com o revólver escondido na mochila”, disse o inspetor. O garoto disse que trocou de mochila com um amigo, que não é aluno da escola, e encontrou a arma dentro. O menor foi levado para a Dopcad e depois encaminhado para o Juizado da Infância e da Juventude. (PF)

03/06/08

PM apreende adolescentes com arma de fogo dentro de escola
PM apreende adolescentes com arma de fogo dentro de escola
Fernanda Moura

Depois de uma denúncia anônima, a Polícia Militar apreendeu dois adolescente de 16 anos. De acordo com os militares, eles estavam com uma arma de fogo dentro de uma escola estadual no bairro Palmares, na região Nordeste da Capital. Além do revólver, foram apreendidos dois carregadores e munições. Os alunos foram levados para uma delegacia especializada de Belo Horizonte.

03/06/08

Criança de 4 anos aparece com pedras de crack em creche
Criança de 4 anos aparece com pedras de crack em creche Fernanda Moura

Uma criança de 4 anos foi surpreendida com pedras de crack em uma creche, em Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo a PM, o menino disse que a droga era sabão e que ele havia encontrado em casa. Militares foram até a residência dele e descobriram mais droga e balança de precisão. Pai e mãe, grávida de 4 meses, foram presos. O menino levado a um conselho tutelar da cidade.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

violencia nas escolas


Aluno espanca professor
Adolescente de 17 anos é autuado por lesão corporal depois de agredir brutalmente profissional de ensino no pátio da Escola Estadual Pedro Américo, no Bairro Santa Tereza em Belohorizonte (Pedro Ferreira)

Fotos: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press

Na delegacia, Alexandre de Freitas (D) conta como foi surrado pelo estudante J.A.C. (ao fundo)
O ciúme doentio de um aluno de 17 anos pela namorada, da mesma idade, levou o adolescente a espancar o seu professor de física, na manhã de ontem, na Escola Estadual Pedro Américo, no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte. O casal queria sair da escola a qualquer custo para namorar na rua e não teve permissão. O professor teria achado graça da situação e o aluno acreditou que ele estivesse sorrindo para a garota, agredindo-o mais tarde no pátio, com socos e pontapés. “Se eu reagisse, estaria completamente errado, porque ele é um menor e eu sou um professor”, disse Alexandre Lopes de Freitas, de 24 anos.

A insegurança dele é compartilhada por milhares de profissionais do ensino, em todo o país, segundo levantamento do Ministério da Educação. Questionário sobre violência em escolas aplicado a professores da rede pública, durante o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), constatou que 18,8% dos profissionais em atuação na Região Sudeste já foram agredidos.

Por volta das 8h20 de ontem, o professor Alexandre conta que estava em outra sala de aula conversando com uma colega e a supervisora. O aluno acusado, J.A.C., que cursa o 2º ano do ensino médio, chegou com a namorada pedindo para serem liberados. “Eu ri da situação e o aluno achou que eu estivesse rindo para a namorada dele”, disse o professor.

Mais tarde, quando conversava com a diretora no pátio, o professor conta que foi atacado pelo adolescente, que tem um porte físico avantajado. “Ele já chegou me jogando contra a parede e eu sem saber o motivo. Ele dizia que eu estava dando bola para a namorada dele”, disse o professor, que disse não ter reagido e apanhou por cerca de cinco minutos, até ser salvo pelo vigilante. Alexandre foi designado para o cargo há uma semana, pois a escola em que o menor estuda não tinha ninguém para ministrar a disciplina. Ele sofreu lesões no braço direito e escoriações na barriga.

DESENCANTO

Assustado com a violência do aluno, o professor disse que pretende deixar a escola ou até mesmo abandonar a profissão, pois está desencantado. “Há uma total falta de respeito com os professores. Os alunos ficam com fone de ouvido em sala de aula, ouvindo música, conversando o tempo todo e falando palavrões com as meninas. Não adianta dizer que eles serão os principais prejudicados. Se eu reclamasse, eu já teria sido agredido há mais tempo”, lamentou Alexandre, enxugando as lágrimas. “Em toda a minha vida de estudante eu nunca desrespeitei um professor. Não tenho explicações para a fúria desse aluno”, disse.

O caso foi parar na Delegacia Especializada de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad). A mãe do estudante, a dona-de-casa Míriam Assis, de 39, pediu perdão ao professor, dizendo ser contra qualquer tipo de violência. “Ele tem toda razão em estar desanimado com a profissão. Estou muito triste pela atitude do meu filho, mas eu já imaginava que isso fosse acontecer desde o início desse namoro conturbado. Ele tem um ciúme doentio da namorada e não deixa nem a moça respirar”, lamentou a mãe.

Em casa, segundo ela, o adolescente é calmo e gosta de música. “Mas, quando se trata de namoro, ele não saber dosar nada. Meu medo é que isso acabe em tragédia”, acrescentou a mãe, lembrando que o filho e a namorada saíram de escolas diferentes para estudar juntos.

O professor aceitou o pedido de perdão da dona-de-casa, mas lamentou a situação. “Esse garoto vai acabar trazendo mais desgosto para essa mãe. Ela não precisa me pedir desculpa, pois as marcas no meu corpo vão passar, mas o que ele ainda pode fazer com ela é motivo de pena”, disse Alexandre. O aluno, que presenciou a mãe pedindo perdão e ouviu a resposta do professor, desistiu de comentar a sua atitude.