terça-feira, 12 de janeiro de 2010

TIC´s

Novos espaços de construção do conhecimento emergiram com as novas tecnologias da informação e comunicação (TIC). Deixou a escola de ter o papel de único transmissor de conhecimentos. Agora, as exigências pessoais de conhecimento, extravasam os muros da escola, da cidade, do país. “Por esta razão, a escola deve alterar a sua concepção tradicional e deve começar por estabelecer pontes com outros universos de informação e abrir-se a outras situações de aprendizagem” (Cruz & Carvalho, 2005: 201). Queremos acreditar que a integração das tecnologias na educação se torna essencial e urgente para o desenvolvimento integral da formação de alunos que se exige hoje, preparados para o mercado de trabalho, em constante mudança e transformação, pelo que devem mostrar competências que não se limitam a áreas nas quais se especializaram, mas desenvolver um espírito aberto, flexível e capaz de se adaptar para evoluir.
Vilatte (2005) indica-nos que cada vez mais os alunos estão motivados para as tecnologias informáticas e menos motivados para os métodos tradicionais de ensino. Por isso, acredita que para conseguir cumprir a missão de formar os alunos, o professor tem a obrigação de adaptar os seus métodos de ensino às novas tecnologias. Torna-se muito importante que no contexto da sala de aula se use e se aprenda a utilizar as novas tecnologias. Sabemos que “a rapidez das inovações tecnológicas nem sempre corresponde à capacitação dos professores para a sua utilização, o que muitas vezes resulta na utilização inadequada ou na falta de uso dos recursos tecnológicos disponíveis” (Cruz & Carvalho, 2007:
241). No entanto, reconhecendo que a missão de orientar os percursos individuais de aprendizagem e contribuir para o desenvolvimento de competências, cabe ao professor ser receptivo e capacitar-se para aprender e se actualizar. Então, como poderei utilizar ferramentas da Web 2.0 na minha aula?
Respostas nas proximas postagens

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

REVEILLON (feliz despertar)

Feliz despertar...
As celebrações de um novo começo na vida das gentes são tão antigas quanto a própria raça. Nas culturas mais remotas o “recomeço” era celebrado sempre no solstício ou equinócio de primavera (dependendo do hemisfério), quando tudo começa outra vez a florir. É que como o conceito de tempo ainda não havia sido aprisionado nos relógios a vida das comunidades se regia pelas estações. Naqueles dias, o povo se reunia em festivais, cantando, dançando e bebendo em honra da terra. As mulheres engravidavam e a vida florescia. Era a completude do ciclo da existência, sempre se repetindo.
De qualquer forma, na medida em que as culturas foram se complexificando, igualmente encontraram formas de medir o tempo. Os maias, por exemplo, lograram construir um intrincado calendário com 364 dias, e mais um outro, chamado de “dia fora do tempo”. Este, celebrado em 25 de julho, marca o início do novo ciclo. Já nas culturas do médio oriente, a festa era no equinócio de março, por conta da estação. A comunidade judaica comemora sua festa de Ano Novo, ou Rosh Hashaná, uma espécie de dia do julgamento, em meados de setembro ou no início de outubro, onde as pessoas fazem um balanço da vida. Os islâmicos celebram em maio, contando o tempo a partir do aniversário da saída do profeta Maomé de Meca para Medina, a Hégira, cujo marco corresponde ao 622 da era cristã.
Na China, o “recomeço” é celebrado em datas nem sempre fixas, mas entre final de janeiro e início de fevereiro. Lá, o calendário está relacionado ao movimento da lua e conta cada mês como o mês de um dos 12 animais que se apresentaram na frente de Buda e o ciclo da vida segue esta dinâmica, sempre começando na primavera.
O mundo ocidental também institui o seu “recomeço” a partir de um deus, que não é o cristão. Foi o imperador Julio César, no ano 46 antes de cristo, que determinou o primeiro de janeiro como o dia do início do ano, em homenagem a Jano, o cuidador dos portões. Depois, mais tarde, com a oficialização do calendário gregoriano, esta data permaneceu. Os franceses deram o toque romântico chamando-o de réveillon, que vem do verbo réveiller, cujo significado é "despertar".
E assim as gentes escolhem seus momentos de despertar, de balanço, de julgamento de suas vidas. Vemos que tudo depende da cultura onde se está inserido embora a idéia seja sempre a mesma: recomeçar, jogar fora o que foi ruim, esquecer, olvidar. Começar de novo, dar-se novas chances. E assim, vai avançando a raça, buscando aquilo que os filósofos gregos insitiram em chamar de “felicidade”. Pois eu, que reverencio a terra, os animais, as forças da natureza, que amo Jesus, Maomé e Buda, também vou comemorar. Que venha mais um ciclo, e que seja bom. Que floresça a vida, o amor e a paz. E que todos os povos possam vibrar na mesma onda cósmica. Eu te convido a dançar nesta bela noite de lua cheia, com os deuses e deusas, sob as estrelas. Para receber o ano novo, recomeçar... despertar! Ah, quanta bênção em se viver neste grande grande jardim!
Postado por elaine tavares

Novas metas para novas mentes

No último relatório da Unesco sobre educação do terceiro milênio, depois de várias discussões nos mais diversos fórums, tivemos como resultado a premissa que a Educação deve basear-se em quatro pilares fundamentais para que seja considerada adequada. São eles:
>> Aprender a aprender;
>> Aprender a ser;
>> Aprender a fazer;
>> Aprender a conviver.
Quando olhamos para estes quatro pilares não precisamos de muita sapiência para deduzirmos que para alcançarmos estas metas já não nos bastam mais os bancos escolares. No final do terceiro milênio tivemos vários fatos marcantes. A chegada da Internet e a "diminuição" do mundo - a aldeia global -, o progresso da tecnologia contrariando de maneira assoberbada, o que dizia Domenico De Mazzi em seu livro O Ócio Criativo, e fatos históricos como a queda das torres gêmeas, o sepultamento do Socialismo, o ataque com gás sarim em um metrô de Tóquio, o escândalo sexual envolvendo a Casa Branca, a clonagem da ovelha Dolly, o grande Tsunami de 2004 dentre, entre outros... Tudo isso fez com que o mundo prestasse atenção. Afinal de contas, a mídia nos bombardeou de maneira espantosa com essas notícias.
Enquanto todos estes fatos aconteciam, houve uma revolução silenciosa, tênue, básica, já prevista pelo guru dos negócios Peter Drucker, que é a revolução do conhecimento e da sociedade. Hoje, o aparato tecnológico nos permite estarmos em vários lugares ao mesmo tempo e termos opções de conexão que nem sequer imaginávamos que aconteceriam.
Como fruto desta revolução, hoje, jovens entre os 16 e 25 anos, antes de definitivamente entrarem para a fase adulta da vida, sabem o que querem e porque querem. Não são como nós, frutos da revolução dos “baby boomers” que tínhamos como premissa básica da vida o sucesso publico e notório a qualquer custo. A geração desta faixa etária de hoje está mais consciente dos conceitos de felicidade, de qualidade de vida e é ela que detém o conhecimento. Além disso, não se curvam facilmente a triste realidade das organizações do século XX, quando esperava-se colaboradores obedientes e não questionadores que recebiam uma cartilha do que deveriam fazer e deveriam desempenhar bem o seu papel.
A era da “cenourinha e do chicote” acabou dentro das organizações. Ao contrário da percepção de muitos, temos uma geração extremamente inteligente, dona de seu próprio nariz, sabendo a que veio e deixando claro quais são seus objetivos de vida. E mais, estes objetivos de vida passam muito mais pelo ser, pelo conviver, pelo fazer, do que pelo “ter”.