domingo, 24 de julho de 2011

Qualidade de vida do professor

6 passos para melhorar a qualidade de vida do professor

por lucas

1. Organização do tempo

Um dos grandes problemas do professor é o tempo. O professor deve organizá-lo em torno de suas prioridades, cortando ou otimizando o tempo de seus afazeres menores.

2. Exercícios físicos

O professor sempre está em duas posições, em pé ou sentado. Neste intervalo, recomenda-se praticar de cinco minutos a duas horas de exercício, seja na academia ou simples alongamentos. Cinco minutos podem parecer pouco, mas em longo prazo a diferença é visível.

3. Beber água

A água desempenha duas funções fundamentais no corpo: ativar termostato e quebrar gordura. Para calcular a quantidade ideal de água que você deve beber por dia você deve multiplicar 25 ml X seu peso corporal.

4. Arrumar a postura

A má postura desencadeia várias doenças, desde as mais conhecidas, como cifose, lordose e escoliose, até bronquite e pneumonia.

5. Qualidade de tempo

Tire um tempo para você mesmo. Faça o que gosta, se dedique a um hobby, se distancie um pouco da sua vida profissional e foque na sua vida pessoal.

6. Sono

É um dos passos mais importantes, necessário para reorganizar tudo o que foi desorganizado durante o seu dia. Dormir bem altera a qualidade de vida dentro e fora de casa.
As dicas são do Daniel Garcia, Educador Físico e Massoterapeuta Quiroprático do Portal Educação.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

fFelicidade é um direito

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada
   Divulgação
ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
E-mail: elianebrum@uol.com.br
Twitter: @brumelianebrum
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.) Fonte:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00.html

terça-feira, 5 de julho de 2011

Os sete motivos para você se tornar um professor

Os sete motivos para você se tornar um professor do estado
Anônimo
7 (sete) é um número de destaque, pois ele simboliza a perfeição: em sete dias Deus fez o mundo, sete são as cores do arco-íris, mas também sete é conta de mentiroso. O 7 aqui será utilizado em relação à educação e, mais especificamente, ao professor.
Lembre-se: ser professor é socializar o saber e construir, juntamente com o discente, um conhecimento que valorize o meio em que atua.
Por isso, destacar-se-ão 7 motivos para incentivar você,  leitor, a ingressar nessa brilhante carreira.
Leia-os com atenção e anote todos os detalhes:
1.      Estude muito  e leia bastante, principalmente a vida de São Francisco de Assis; lembre-se de que você também terá que fazer um voto eterno de pobreza.
2. Prepare-se para manejar certos instrumentos, com o giz e o apagador.    Para tal, orientamos o personal stylest de Michael Jackson;  você precisará de luva e máscara durante as aulas.
3. Manter-se em forma não será problema para você; com o corre-corre de
uma escola para outra, você estará evitando o sedentarismo; com o salário que receberá, não precisará fazer regime; e caso precise complementar a cesta básica do mês, você ainda terá o privilégio de usar o TÍCKET DE 4 REAIS.
4. O educador é o único que pode acumular cargos: além de ministrar aulas em   3 ou 4 colégios diferentes, ainda sobra tempo para ser sacoleiro, levando para as escolas os  últimos lançamentos do Paraguai ou sendo importante representante de empresas como a AVON, a HERMES e a SHOPPING MAIS.
5. A formação continuada do professor é algo bastante importante e valorizada pelo governo. Com sorte, você será selecionado para ficar em um grande e luxuoso hotel, desfrutar de ótimas instalações e saborear um cardápio variado; tudo isso com uma localização privilegiada e com vista para o  li...xo.
6. O local de trabalho deve ser evidenciado: o educador, quase sempre, trabalha em escolas-modelo, cujo slogan é a fartura: 'farta' limpeza, 'farta' funcionário, 'farta' material didático, enfim, 'farta' tudo.
7. Por fim, você desfrutará de um plano de saúde de ótima qualidade, cuja eficiência é demonstrada nos consultórios psiquiátricos repletos de professores que, ao completarem a idade e o tempo de serviço, já se encontram fatigados pelo trabalho, sugados pelo sistema e em pleno desmoronamento físico além do mental.
Assim, depois de ler essas sete dicas, não perca a oportunidade e não desista: vá a um posto do estado e inscreva-se  para trabalhar no ESTADO. O estado quer lhe receber de braços abertos. O nosso lema é:  'PAGUE PARA ENTRAR, REZE PARA SAIR'. Aos que já se encontram desfrutando desse 'néctar' que é ser funcionário da SEC , nossos parabéns, você é persistente e capaz.
Possivelmente, não terá recompensa aqui na terra, mas é certo que já tenha adquirido lugar privilegiado no céu.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

PROGRESSAO

Prezados Professores
Boa tarde

"A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo" (Peter Drucker)
Inicio este e-mail, revivendo a célebre frase de Peter Drucker, considerado como o pai da Administração moderna, para iniciar o resultado da reunião que tivemos hoje com o nosso Reitor.
Como todos ja sabiam, hoje pela manha e inicio da tarde no Campus Juiz de Fora estivemos reunidos com o nosso Reitor Mário Sérgio e a Diretora de Gestão de Pessoas.
Em resumo, o resultado foi positivo e o Reitor a partir de várias argumentações, assinou um despacho dando a progresssão.
Os professores afetados por tal medida ja podem protocolar pedido de concessão da progressão em requerimento baseado no despacho 01//2011/reitoria de 27/06/2011. A diretoria de Gestão de Pessoas passara maiores informações.
Em anexo envio fotos da assinatura do Reitor. Peço aqueles que tiraram as fotos com todo o grupo presente que socialize a mesma por meio do e-mail.



O que poderemos tirar de tudo isso?

A lição clara.

NÓS PROFESSORES precisamos nos mobilizar mais parar discutir a nossa carreira de EBTT, pois o nosso futuro só depende de NÓS. A luta não é dentro do Instituto somente é junto ao MEC e ao MPOG. Temos que ter clareza disso. Há muitas "batalhas" ainda....a "Guerra" não terminou...
Não podemos deixar toda esta mobilização esfriar.

A LUTA CONTINUA
Abracos a todos
--

Prof. M.Sc. Wildson Justiniano Pinto

Economista, Educador do IF Sudeste de Minas Gerais – Campus Rio Pomba

Departamento de Gestão

_________________________________________________________________________

Coordenador Curso de Administração

Coordenador Proeja FIC Campus Rio Pomba

domingo, 26 de junho de 2011

MOTIVAÇAO x EDUCAÇAO ATUAL

Um ambiente escolar extremamente competitivo - e voltado para testes de ingresso na universidade - está prejudicando a vida de muita gente. O diagnóstico não partiu de educadores indulgentes ou de adolescentes preguiçosos: mereceu um editorial da prestigiosa revista Science, publicação da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
A autora, Deborah Stipek, da Faculdade de Educação da Universidade Stanford, em Palo Alto, na Califórnia, estuda a motivação dos jovens no ambiente escolar há 35 anos.
Na terça-feira passada, durante uma entrevista, ela recordou o dia em que a sua filha chegou em casa, comemorando: 'Nunca mais vou estudar francês.' A garota tinha acabado de fazer uma prova que a auxiliaria a concorrer a uma vaga no sistema de ensino superior americano. 'Ficou claro que não estava interessada em dialogar com outras culturas, em viajar ou em adquirir uma habilidade útil para a vida', pondera Deborah.
Para a pesquisadora de Stanford, os jovens são treinados para obter um excelente desempenho em testes de múltipla escolha. Também são animados a enfeitar seu incipiente currículo com atividades esportivas ou cívicas que rendam um perfil atraente aos olhos das principais universidades do Estados Unidos, como Harvard, Colúmbia, a própria Stanford. Nada contra o desempenho extraordinário nos exames ou contra atividades fora das quatro paredes da sala de aula. Mas Deborah aponta que há algo de aberrante na educação focada em resultados mensuráveis, currículos e rankings.
Segundo ela, em nome da eficácia administrativa da preparação para os exames, sufocam-se, por exemplo, a alegria do aprendizado, uma visão construtiva dos próprios erros e a formação de uma personalidade madura e equilibrada.
Um sistema racional - pois ninguém pode negar que atinge seu objetivo principal: produzir especialistas em provas -, mas pouco razoável. Afinal, 'prejudica vidas que poderiam ser promissoras de outra forma', como afirma textualmente o editorial.
Filme. A autora não esconde sua fonte de inspiração: um documentário lançado há um ano nos Estados Unidos, em que ela mesma foi entrevistada. O título do editorial na Science ('Educação não é uma corrida') representa uma clara referência ao título do documentário: Corrida para Lugar Nenhum.
A obra cinematográfica não está sendo exibida nas grandes salas - apesar do interesse das distribuidoras -, mas em escolas, universidades e igrejas. Depois das sessões, é comum que se organizem discussões públicas.
A ideia do documentário, ainda pouco conhecido no Brasil, partiu de Vicki Abeles, uma advogada sem experiência com câmeras. Ela percebeu na filha o efeito do estresse escolar e decidiu registrar sua visão do problema.
A obra lhe rendeu certa notoriedade. Foi ao programa de entrevistas de Oprah Winfrey, na TV americana. Também visitou o presidente americano Barack Obama, na Casa Branca.
Soluções. Para Deborah, não bastariam mudanças pontuais. Seria necessário alterar o modo como funcionam universidades, colégios e até mesmo famílias.
A coordenadora do Centro de Pesquisas sobre a Infância e a Adolescência da Unesp de Araraquara, Maria Beatriz de Oliveira, concorda. 'A situação descrita pelo editorial da Science se aplica perfeitamente à realidade brasileira dos vestibulares', afirma a psicopedagoga.
'Normalmente, a pressão mais forte ocorre dentro de casa', aponta Maria Beatriz. Alguns pais criam um sonho para o futuro dos filhos e pretendem realizá-lo a qualquer custo. 'Passei as últimas duas décadas explicando para pais que seus filhos não terão fracassado se não passarem no vestibular concorrido de certas universidades.'
'Sucesso na vida não requer um diploma em uma das dez universidades (de maior prestígio)', confirma Deborah. 'Precisamos ensinar aos pais a vantagem de um rol maior de universidades na sua lista de opções.'
Ver a educação como um produto, e não como um processo, seria a raiz dos males, segundo Maria Beatriz. 'Você deixa de olhar para o bem da pessoa concreta e começa a se preocupar só com resultados', aponta.

Por Alexandre Gonçalves, estadao.com.br, Atualizado: 26/6/2011 0:11

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ser ou não ser bom aluno?

Ser ou não ser bom aluno?

Creio que a pergunta que intitula o meu texto, embora corriqueira entre os
agentes da educação, não seja tão simples de ser entendida e principalmente respondida.
É obvio que a maioria absoluta das pessoas de bom senso vai dizer que sim!
Ser bom aluno ainda vale à pena! Porém, conseguimos perceber a dimensão desse
questionamento? Digo isso pelo seguinte: Quais são os modelos de escolas e quais os
modelos nelas existentes? Existem padrões a serem seguidos? Se eles existem, sabemos
decodificá-los a fim de transformar nossas práticas em potencialidades? E o que
ensinar? Pra quê?
Estas e outras perguntas fazem parte da órbita questionadora daqueles que realmente se preocupam com a educação?
Meu objetivo aqui não é adentrar e nem direcionar o meu argumento a favor
de qualquer linha de pensamento ou atitude já posta como prática metodológica.
Considero-me, porém, mais um desses que se preocupa com a trajetória dos alunos
principalmente na educação básica. Então, também digo: SIM, vale à pena ser bom
aluno! No entanto tenho algo a dizer:
Embora as escolas sejam plurais em seus objetivos e metodologias, os alunos
ainda são dispostos a um regime de preparação para os vestibulares. Isso é fato e
inquestionável. A partir daí surge a principal bifurcação de idéias acerca do principal objetivo das escolas: preparar para os concursos ou para a vida?
O dilema, porém, é que insistimos em responder uma pergunta que precisa ser
direcionada aos alunos e posteriormente respondermos tantas outras que por ventura
vierem a nos fazer. Afinal, quantas não foram as vezes que tive de responder os muitos
porquês da Química e suas aplicações. Talvez essa situação seja um dos entraves da
educação moderna: ensinar única e exclusivamente para o cotidiano! Ou seja, será que
tudo o que é ministrado nas escolas só se tornará interessante para o aluno se for algo contextualizado e articulado com as necessidades do dia a dia?
Creio que o bom aluno é o que consegue perceber e administrar as premissas
de uma educação viva e para com a vida. Assim, é imprescindível ele se perceber no
processo seletivo que o cerca.
Na primeira aula de 2011, tive um discurso simples e claro com os meus alunos: “Estejam sempre entre os melhores! Seja em qualquer etapa ou em qualquer
instituição!” É sabido que nos próximos anos o Ensino Superior no Brasil estará tão
sucateado quanto hoje é o Ensino Médio. Afinal, qual a finalidade do Ensino Médio se
não para servir de pré-requisito para o Vestibular? O mesmo problema será evidente
quando o recém graduado estiver disponível para um mercado extremamente exigente
e sedento de bons profissionais. Mas cuidado! Boas notas apenas é UM sinal de que
o aluno fez bem o seu dever de casa durante sua vida de estudante.
Uma nota 10 está longe de ser o quesito máster para o profissional de excelência. Do que adianta um “super nota 10” se ele não sabe se comunicar adequadamente? E se ele não for criativo ou articulador?
Posso dizer com certeza, que ser bom aluno e conseqüentemente bom profissional é desfrutar de posições ousadas e que transcendem o automático, do terno e gravata e dos status superficiais. Também sabemos o quanto as empresas nacionais e internacionais, com faturamentos bilionários, dependem da criação e da
problematização vinda de jovens empreendedores, criativos e entusiastas.
O profissional do futuro deverá criar e resolver problemas, propor soluções inovadoras e que girem sempre em torno do ser humano.
Então, preocupe-se com o futuro! Com o seu e com o dos demais!Lembre-se,
porém, que o futuro é conseqüência de um presente bem vivido e organizado. Seremos
lembrados e referenciados no futuro a partir de nossas escolhas feitas hoje!
E é preciso coragem para começar a fazer tais escolhas. Ser bom aluno é uma delas!
Se dentre os milhares de livros que você já leu, nenhum deles fez você refletir
sobre a vida e nem te tornou uma pessoa melhor, pare de ler!

(Autor desconhecido)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nem Cristo aguentaria ser professor!

Nem Cristo aguentaria ser professor!

O Sermão da montanha (*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.

Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo:

- Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
- Felizes os misericordiosos, porque eles...?

Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:
- É pra copiar?

Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?

João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?
- Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica?
- Quais são os objetivos gerais e específicos?
- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas?
- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?
- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.
- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
- E vê lá se não vai reprovar alguém!
E, foi nesse momento que Jesus disse: "Senhor, por que me abandonastes..."

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Novo ensino medio 2

Mozart Neves Ramos - O Estado de S.Paulo
O desenvolvimento econômico que o Brasil vem experimentando, na última década, vem abrindo importantes janelas de oportunidades para nossa juventude.


No passado faltavam empregos, hoje falta mão de obra qualificada para ocupar as posições no mercado de trabalho geradas por essa nova economia. Isso está diretamente vinculado à* oferta de uma educação básica de baixa qualidade.

Hoje no Brasil são 10 milhões de jovens matriculados no ensino médio. Muitos ficam pelo caminho, abandonam os estudos por falta de motivação. Os que concluem não aprendem aquilo que seria esperado. Por exemplo, em matemática, apenas 11% aprenderam o que seria esperado ao final do ensino médio. O jovem quer uma escola que caiba na vida e, hoje, ele não a encontra no ensino médio.

Para reverter esse quadro, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou novas diretrizes curriculares para o ensino médio, pautadas em quatro dimensões: trabalho, ciência, tecnologia e cultura.

É preciso pensar nas diferentes juventudes, as que estudam no diurno e aquelas do noturno; as que sonham por uma escola de tempo integral; as que precisam trabalhar e de mais tempo para concluir o ensino médio.

Mas, antes de tudo, é preciso oferecer a estas juventudes um ensino motivador, capaz de promover a criatividade e a inovação, promovendo a autonomia, a flexibilidade e a interdisciplinaridade nas redes de ensino e nas escolas, a partir dos seus projetos pedagógicos.

Não se pode pensar em um único ensino médio. Nesse sentido, é preciso valorizar a leitura em todo o percurso da formação, relacionar a teoria com a prática - não se pode esperar que um jovem goste de química aprendendo reações químicas na lousa! -, promover a iniciação científica e a aprendizagem criativa.

São desafios que passam por uma nova formação docente, uma nova cultura, pautada em expectativas de aprendizagem moldando os processos de avaliação e os próprios investimentos do Ministério da Educação. O caminho é longo, mas o CNE deu um passo importante para combater a atual baixa qualidade do ensino médio.

Novo ensino medio

Rafael Moraes Moura / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Uma escola mais integrada com as demandas do mercado de trabalho, que atenda às reivindicações da sociedade, torne-se mais atraente aos estudantes e seja livre de comodismos. Esse é o cenário desenhado pelas novas diretrizes do ensino médio, aprovadas ontem pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). O objetivo é aproximar a escola da experiência pessoal do aluno, garantindo-lhe uma formação mais abrangente.


Dida Sampaio/AENovo caminho. José Fernandes de Lima (esq.), relator das diretrizes do ensino médio, participa de reunião do Conselho Nacional de Educação
"É preciso que o jovem identifique os assuntos tratados com o seu projeto de vida", diz o conselheiro José Fernandes de Lima, relator das diretrizes, que espera a homologação das normas pelo ministro Fernando Haddad até junho.

Segundo as novas diretrizes, o ensino médio deve ser estruturado a partir de quatro áreas de atuação - ciência, tecnologia, cultura e trabalho. Em termos práticos, uma escola de uma região turística poderia escolher a área de cultura como eixo de atuação, dando mais espaço na grade às disciplinas de história e geografia, por exemplo. As demais disciplinas também poderiam ser ministradas seguindo esse viés.

Vocação. O conselheiro, no entanto, admite que a escolha de uma "vocação" pode adquirir contornos problemáticos - como conciliar, por exemplo, os interesses de pessoas com diferentes projetos de vida? E no caso de municípios com uma rede mínima, como garantir que cada aluno seja contemplado pela "área de atuação" de seu interesse? "Se num único lugar só há uma escola, não se pode afunilar demais."

As novas diretrizes também permitem que os alunos do ensino médio noturno tenham mais tempo para concluir os estudos. Hoje, a duração é de três anos. O texto não estabelece um teto, mas a medida visa a diluir o mínimo de 2,4 mil horas do total de curso em um intervalo de tempo maior. Como muitos estudantes dos cursos noturnos conciliam a rotina de trabalho com o período de aula, chegam atrasados e cansados às salas. A saída, nesses casos, seria ter menos aulas por dia e concluir o ensino médio em um prazo maior.

Outra possibilidade garantida pelas diretrizes é a realização de aulas não presenciais para o ensino médio noturno. As classes a distância teriam um limite: não poderiam representar mais que 20% do total de aulas.

Dados do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2009, mostram que os alunos do ensino médio estão estagnados no desconhecimento, sem conseguir, por exemplo, identificar a ideia principal de um texto ou associar que metade é 50%. Eles receberam nota 3,6, numa escala de 0 a 10 - apenas 0,1 superior à obtida em 2007.

Problemas
Um estudo realizado em 2009 revelou que 10,9% dos jovens entre 15 e 17 anos deixam de estudar por falta de acesso e 21,7% o fazem por motivos diversos, entre os quais a gravidez precoce.

MUDANÇAS

Flexibilidade no currículo
Cada escola vai poder optar entre manter a grade curricular tradicional e a montagem do projeto político-pedagógico a partir de quatro áreas de atuação - ciência, tecnologia, cultura e trabalho.

Cursos noturnos
A ideia é que as escolas com cursos noturnos tenham uma parte de sua carga horária de forma não presencial, com aulas e atividades à distância. O conselho também aprovou a possibilidade de o aluno concluir o ensino médio um período maior do que três anos, prazo máximo definido atualmente.




segunda-feira, 18 de abril de 2011

PROJETO ESTABELECE PUNIÇÕES PARA ESTUDANTE QUE DESRESPEITAR PROFESSOR

18/04/2011 | CAMARA: PROJETO ESTABELECE PUNIÇÕES PARA ESTUDANTE QUE DESRESPEITAR PROFESSOR
 
A Câmara analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino.
 
Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.
 
A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.
 
Indisciplina
De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.
 
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
 
FONTE: AGÊNCIA CÂMARA

domingo, 17 de abril de 2011

MEC abriu as portas do inferno

MEC abriu as portas do inferno PDF Imprimir E-mail
Educação
Luiz Araújo   
Qui, 14 de Abril de 2011 15:48
Luiz AraújoNa semana passada todos os senadores (e acho que também os deputados federais) receberam em seus gabinetes um documento da Federação Nacional das Escolas Particulares apresentando uma análise do Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação na visão do setor privado do país.
A FENEP congrega os sindicatos de estabelecimentos particulares do Amazonas, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Ceará, Paraíba e Mato Grosso do Sul. Certamente seu posicionamento é representativo de um segmento importante do setor privado da educação brasileira.
Na primeira parte do texto a FENEP tece críticas a Conferência Nacional de Educação. A entidade afirma que é conhecido "o viés ideológico presente na CONAE", que "desconsiderou a importante participação da Educação Privada na construção do capital educacional, cultural e social brasileiro". Acusa a CONAE de ter induzido em sua resolução uma visão velada de estatização do ensino.
Na segunda parte do documento são apresentadas propostas de emendas ao PL. Não são muitas as emendas, mas todas são direcionadas aos mesmos objetivos:
1º. Retirar qualquer referência a gratuidade do ensino nas diversas metas de expansão;
2º. Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais, mas sem controle de qualidade ou certificação por parte do poder público;
3º. Estabelecer oferta de matrículas em parceria com o setor privado em várias etapas e modalidades, nos moldes do PROUNI; e
4º. Suprimir qualquer referência a regulação do setor privado.
Apresento alguns exemplos de suas emendas:
1. Retiram a expressão "gratuita" da já problemática estratégia 1.4, que trata do estímulo ao crescimento das matrículas de creche via convênios com entidades beneficentes. Com isso tornam a redação ainda mais perigosa.
2. Na estratégia 3.5 alteram a redação que passa a ser: "Fomentar a expansão da oferta de matrículas de educação profissional técnica de nível médio em parceria com entidades privadas de formação profissional, de forma concomitante ao ensino médio público". Retiraram a expressão "gratuitas" e a restrição a entidades "vinculadas a sistema sindical". Com essas mudanças a estratégia torna-se ainda mais privatista, dando primazia à expansão via "parceria" com o setor privado.
3. A problemática estratégia 11.6 ficaria ainda pior, passando a ter a seguinte redação: "Expandir a oferta de financiamento estudantil à educação profissional técnica de nível médio em parceria com instituições privadas de nível superior e/ou empresas". Ampliam o universo de entidades privadas que poderiam se habilitar a abocanhar esta fatia do mercado que foi oferecida pelo texto enviado pelo Executivo.
4. No caso da estratégia 15.5, que trata da política nacional de formação dos professores, a FENEP apresenta uma redação que garante financiamento público para a formação de professores de escolas privadas. A redação seria a seguinte: "Institucionalizar, no prazo de um ano da vigência do PNE, política nacional de formação e valorização dos profissionais de educação, de forma a ampliar as possibilidades de formação em nível superior (graduação, pós-graduação e mestrado) prevendo formas de financiamento público aos estudos". Ou seja, a entidade pretende que os impostos pagos pelos cidadãos financiem a formação de seus funcionários, tudo isso em nome da igualdade de oportunidades.
5. Em relação à Meta 20 (Financiamento) a Federação apresenta duas propostas singelas. A primeira, a de "prever o PROBASICO, em moldes semelhantes ao PROUNI, como forma de financiamento da educação básica, em regime de colaboração com as entidades privadas". A segunda, a de "prever, no IRPF, a dedução integral dos gastos com educação, inclusive livros didáticos e demais materiais escolares". O governo federal quer ampliar a oferta de vagas no ensino profissionalizante por meio de isenção fiscal aos setores privados, mas a FENEP quer um programa para toda a educação básica.
Em resumo, as propostas privatistas inseridas no PL pelo MEC abriram as portas do inferno. Presenciando uma postura mais aberta a ampliação de seus interesses, as entidades do setor privado começam a demonstrar que irão trabalhar no Congresso por mais mercados educacionais.
Assim, mesmo que no discurso o governo federal se apresente como guardião da educação pública, suas proposições ofereceram o ambiente propício para novos ataques ao direito a educação pública em nosso país.
Uma informação adicional. O documento também é composto de uma última parte onde a entidade oferece uma breve discussão conceitual sobre a relação entre público e privado. No texto é dito que os autores do Projeto de Lei, de forma maldosa, confundem os conceitos de público e privado, como forma de reforçar a visão estatizante.
O texto recupera a produção teórica presente da Reforma do Estado de 1995 e defendem a reconstrução do Estado, que "segundo Fernando Henrique, visa à eficácia da ação pública, respeitadas as limitações do mercado, sem minimizar nem destruir as ações do Estado e do governo, e ainda, atendendo os anseios de solidariedade".
Para a FENEP o documento da CONAE possui um viés conceitual baseado em Gramsci, revelando claras "intenções político-partidárias de dominação".
Por fim, defendem como modelo para o Brasil as virtuosas experiências internacionais da Inglaterra, Portugal e Chile, que "comprovaram a eficácia da atuação da iniciativa privada nas políticas públicas, com vantagens econômicas para ambas, como também, práticas, em que o particular contratado detém condições de prestar o serviço público com maior qualidade".
Este breve resumo do documento da FENEP é uma forma que tenho de lançar um alerta a todos os educadores brasileiros: mais uma vez a batalha no PNE será entre público versus privado.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Quem deve fiscalizar o dinheiro do Fundeb?
Na edição de segunda-feira (11 de abril) o Jornal O Globo publicou extensa matéria relatando inúmeras fraudes identificadas pela Controladoria Geral da União na aplicação de recursos da educação.
Os crimes cometidos não são novos e infelizmente se repetem a cada relatório da CGU.
O que me chamou a atenção do texto não foi exatamente a persistência desta hedionda prática em nosso país, mas o fato da reportagem identificar uma espécie de jogo de empurra no que diz respeito a fiscalização dos recursos do Fundeb.
O jornal relata uma disputa de bastidores sobre quem deve, em nível federal, fiscalizar a execução dos recursos do Fundeb nos nove fundos estaduais que recebem complementação da União. E os órgãos de controle admitem uma lacuna na legislação, pois a mesma não determina que órgão federal deva realizar tal procedimento.
Numa ponta encontramos os conselhos municipais de acompanhamento, fracos e sob forte pressão política local. Apesar do seu poder ter crescido na transição do Fundef para o Fundeb, a eficácia de seu trabalho continuou pequena, servindo na melhor das hipóteses como veículo de denúncia, quando muito.
Na outra ponta encontramos o FNDE, que por falta de clara previsão legal, afirma não ser sua atribuição fiscalizar este tipo de recurso, agindo somente sobre os demais repasses (merenda escolar, transporte escolar, livro didático, dinheiro direto na escola e outros convênios).
No meio temos o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União.
É preciso resolver esta controvérsia. O formato do Fundeb é de redistribuição de recursos pertencentes aos estados e municípios. Esta é a regra. Sendo assim, cabe aos tribunais de contas de cada estado (ou dos municípios onde existem) a tarefa de fiscalizar. Em última instância cabe a cada Câmara Municipal e Assembléia Legislativa, auxiliadas pelos respectivos tribunais o dever de zelar pela boa aplicação dos recursos públicos.
Acontece que em nove estados existe parcela dos recursos recebidos que é de origem federal, cabendo então a fiscalização desta instância, não interessando se é representativa ou não esta parcela. Ou seja, sendo um centavo do total de recursos usados para pagar pessoal cabe ao governo federal fiscalizar se o mesmo foi bem aplicado.
Falta poder para a sociedade controlar diretamente o uso dos seus recursos.
Falta atuação consistente dos órgãos de controle.
Falta pôr fim a este jogo de empurra no plano federal.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Fonte: Blog do Luiz Araújo

MENSAGEM CRIATIVA

MENSAGEM CRIATIVA

Esta é a mensagem que os professores de uma escola da Califórnia decidiram gravar na secretária eletrônica.

A escola cobra responsabilidade dos alunos e dos pais perante as faltas e trabalhos de casa e, por isso, ela e os professores estão sendo processados por pais que querem que seus filhos sejam aprovados mesmo com muitas faltas e sem fazer os trabalhos escolares. 
Eis a mensagem gravada: 
- Olá!    Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções: 
- Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho - tecle 1. 
- Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa - tecle 2. 
- Para se queixar sobre o que nós fazemos - tecle 3. 
- Para insultar os professores - tecle 4. 
- Para saber por que não foi informado sobre o que consta no boletim do seu filho ou em diversos documentos que lhe enviamos - tecle 5. 
- Se quiser que criemos o seu filho - tecle 6. 
- Se quiser agarrar, esbofetear ou agredir alguém - tecle 7. 
- Para pedir um professor novo pela terceira vez este ano - tecle 8. 
- Para se queixar do transporte escolar - tecle 9. 
- Para se queixar da alimentação fornecida pela escola - tecle 0. 
- Mas se você já compreendeu que este é um mundo real e que seu filho deve ser responsabilizado pelo próprio comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelas tarefas de casa, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!"
CASO QUEIRA REPASSE   PARA  UM  AMIGO, PARENTE, PROFESSOR  OU  PROFESSORA, ETC.
 
Um Abraço Amores!!!
Polly Presley

sábado, 29 de janeiro de 2011

Regime de excessões

Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.

1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e volta à classe prometendo nao mais fazer aquilo.
2010: É mandado ao departamento de psiquiatria da escola, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra  lhe receita Ritalina e um anti-depressivo. Se transforma num Zumbí. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.

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Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.

1959:  Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro... A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.

2010: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu  filho. Sem o guia de uma  figura paterna, Luis se volta para a droga, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.

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Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...

1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.

2010: A professora Maria é acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão, aparece na mídia e suscita debates em vários programas de jovens. Serginho Groisman convida juizes, promotores, delegados, psicologos e psiquiatras e faz um programa inteiro debatendo sobre o abuso sexual de professores em escolas públicas. José passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...

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Cenário 4: Disciplina escolar

1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava um bom "esporro" e encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade. 1 mês sem sair de casa para brincar.

2010: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo . Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho, afinal ele pode ficar traumatizado por ter sido repreendido em público pela professora.

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Cenário 5: Horário de Verão.

1959:Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Que legal, vamos para a escola de madrugada. É uma verdadeira mudança.

2010: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite,  nas mulheres aparece celulite nos homens problemas de humor.

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Cenario 6: Fim das férias.

1959: Depois de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 60 dias de sol na praia, afinal seu pai e mãe são funcionários publicos e final do ano gosam de férias, feriados, licença premio, licença família, tudo acumulado. Hora de voltar. No dia seguinte se trabalha ou vai a escola tudo bem. Ótimo, saudades dos amigos, saudades da cidade que parece ter mudado tudo.

2010: Depois de voltar de Cancún, numa viajem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, pânico, stresse, seborreia, depressão, ansiedade aguda, etc.