sábado, 31 de outubro de 2009

Conheça alguns erros que aprendemos na escola

Conheça alguns erros que aprendemos na escola e que consequentemente são passados de geração em geração.

1. Einstein era um péssimo estudante na escola?
Alguma vez ouviste que o gênio que criou a Teoria da Relatividade, era muito ruim na escola? Pois ninguém se converte em gênio da noite para o dia. A confusão existe porque Einstein na Alemanha só tirava notas Ds, um “D” é a máxima qualificação nesse país, enquanto que nos EUA, a máxima é a nota “A”. Se Einstein tivesse estudado ali, certamente, só teria conseguido ‘As’. Além disso, a idéia de ser mau na escola e gênio ao terminar é uma idéia que lhe encanta aos americanos para dar falsas esperanças aos seus patrícios.

2. Ratos adoram queijo?
O queijo é um produto processado, não se encontra na natureza. Assim, como poderia eles se encantarem com algo que nunca conheceram? Eles preferem a manteiga, os cereais e qualquer derivado elaborado à base de grãos e sementes a cujo consumo adaptaram evolutivamente através de milhares de anos. Para complicar as coisas, alguns ratos são intolerantes à lactose. A próxima vez que você ouvir alguém dizer que um rato levou seu queijo, é mais provável que tenha sido um gato ao qual adora leite e seus derivados.

3. Napoleão tinha baixa estatura.
Napoleão media 1,70m. Não parece suficientemente alto? Mas na verdade essa era a média dos franceses daquela época. A confusão provém de que as medidas britânicas e as francesas não eram as mesmas, as quais convertidas faziam crer que ele media 1,60m. Os britânicos não tiveram nenhum problema em difundir essa falsidade.

4. Thomas Edison inventou a lâmpada?
Edison não a inventou, ela já existia. O que ele fez foi aperfeiçoá-la para que funcionasse eficientemente. É como se alguém criasse um Windows que funcione corretamente e disesse que o inventou. Mas houve outro inventor chamado Joseph Swan ao qual Edison copiou e de quem ganhou a patente judicialmente. E por que é atribuída a Edson? Talvez porque a lâmpada original durava 150 horas e a de Edison 1200.

5. A água flui diferente em cada hemisfério?
Uma vez aprendi que num hemisfério a água gira no sentido contrário a de outro. Isso vem da ideia de que os hemisférios todos estão ao contrário.

6. Os humanos descendem dos símios?
Nunca ninguém verá um macaco converter-se em homem. A idéia é de que há muito tempo existiu um pré-humano do qual alguns descedentes se converteram em macacos e outros em humanos através de milhões de anos. Em última instância se poderia dizer que somos primos evoluídos, embora distantes.

7. Os vikings usavam chifres?
A verdade é que nunca se encontrou esqueletos vikings com chifres. Simplesmente se lhes atribui isso para fazê-los ver como se fossem ferozes e primitivos.

8. Colombo acreditava que a Terra era plana.
Colombo e a maioria das pessoas da época acreditavam que a Terra era redonda. A idéia não era nova, vinha desde o ano 240 A.C. Os que acreditavam nisso eram os dogmáticos da época. Algo similar ao que ocorre atualmente com quem não crer que exista vida em outros planetas.

9. Diferentes partes da língua sentem sabores diferentes?
Existe quem lhe tenha falado que o doce, o ácido, o salgado e o amargo têm sua zona específica. Mas se perderes meia língua seguirás sentindo todos os sabores, inclusive as diferentes combinações de sabores que têm zona específica.

10. A Lua só sai à noite?
Na realidade, a Lua não sai de nenhum lugar; o que se passa é que, de noite, se pode apreciá-la melhor já que o sol não está presente. Recordemos que a Lua não têm luz própria. Só reflete a luz do sol, como um grande espelho. Inclusive, em ocasiões a Lua é perfeitamente visível de dia quando está em posição adequada.

Fonte: festerblog

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

VOTO SALARIO

O governador de São Paulo, José Serra, sancionou nesta terça-feira (27/10) o Projeto de Lei Complementar 29/2009, que institui o Programa de Valorização pelo Mérito para professores, supervisores e diretores da rede estadual de ensino.Pela nova lei, os professores terão a chance de quadruplicar, ao longo da carreira, o salário inicial da carreira desde que cumpram as regras de promoção (assiduidade e tempo de permanência em uma mesma escola) e consigam notas mínimas na prova de avaliação anual – aplicada pela Secretaria da Educação.
“A cada ano pelo menos um quinto dos professores poderá ganhar 25% a mais. Com isso, estamos dando um incentivo individual aos professores e professoras. Já há o incentivo coletivo, o bônus que foi mantido”, disse Serra.
Com o Programa de Valorização pelo Mérito, a remuneração inicial para a jornada de 40 horas semanais, que hoje é de R$ 1.835,00 poderá chegar a R$ 6.270,00 ao longo da carreira – o equivalente a um aumento de 242%. Pelas regras anteriormente vigentes, a elevação máxima de salário era de 73%.
“Quem está começando, tem que ter a expectativa de, no fim da carreira profissional, estar ganhando bem mais. Esse salário colocará o profissional entre os 10% com maior renda do país e no mesmo nível de um professor doutor em tempo integral e dedicação exclusiva da Universidade de São Paulo”, disse o secretário da Educação, Paulo Renato Souza.
Para diretores, a remuneração poderá chegar a R$ 7.100,00. Sem as mudanças, o salário final para a vaga de diretor de escola seria de R$ 3.786,00. No caso dos supervisores, a remuneração poderá chegar a R$ 7.800,00.
Além desses valores, os profissionais do magistério contarão com auxílio por localização de exercício, auxílio-transporte, sextas partes e quinquênios, e levarão todos os benefícios para as suas aposentadorias.
As primeiras provas de promoção serão realizadas no início de 2010. No dia 31 de janeiro ocorrerá a prova para diretores e supervisores. No dia 3 de de fevereiro serão avaliados os professores de 1ª a 5ª série do ensino fundamental e, no dia seguinte, os de 6ª a 9ª. Cerca de 220 mil professores estão habilitados a fazer a avaliação já em janeiro, e 20% deles serão promovidos e ganharão aumento salarial de 25%.

Mais informações: www.educacao.sp.gov.br
contato: geogomes@belohorizonte.com

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Matemática e chocolate

Não ache estranho se, de uma hora para a outra, seu filho insistir em fazer lições de matemática, principalmente nas proximidades da Páscoa. O que uma coisa e outra têm a ver? Tudo, segundo uma descoberta recente dos cientistas.

Após acompanhar dois grupos na solução de equações, especialistas do Reino Unido notaram maior agilidade e número de acertos entre as pessoas que tinham consumido 500mg de flavonóides, substâncias encontradas no chocolate amargo e meio-amargo (a versão ao leite também oferece flavonóides, mas em quantidade bem menor).

A pesquisa foi realizada pela Universidade de Northumbia e indica que o consumo de chocolate escuro (quanto maior a porcentagem de cacau, melhor) favorece a capacidade raciocínio do cérebro ao aumentar o fluxo sanguíneo que corre para a cabeça.

"Na verdade, o chocolate não ajuda apenas com a matemática. Ele é um aliado sempre que temos alguma tarefa que exija raciocínio complexo", afirmam os autores do estudo. O vinho tinto e as uvas arroxeadas também contêm flavonóides e, por isso, protegem o coração contra os riscos do infarto, por exemplo.

"Mas, pelo teor de gordura em sua composição, o chocolate pode piorar a saúde cardiovascular e provocar problemas futuros no organismo. O ideal é comer, no máximo, 30g por dia", afirma o endocrinologista Frederico G. Marchisotti, do Lavoisier Medicina Diagnóstica/ DASA.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mascar chicletes ajuda em matematica

Os professores morrem de raiva deles. Os pais evitam comprar.
Desrespeito, falta de educação e de higiene, normalmente, são associados ao hábito de mascar chicletes, mania que faz a cabeça da maioria dos adolescentes. Mas pesquisadores americanos acabam de descobrir ao menos um mérito nas mastigadas: segundo eles, os jovens que mascam chicletes têm um desempenho melhor em testes de matemática.

Após acompanhar um grupo de estudantes por catorze semanas, médicos da Faculdade de Medicina de Baylor, no Texas, notaram que mascar as gomas deixava os alunos mais concentrados nas atividades, melhorando o desempenho e o raciocínio deles na solução dos problemas.

O grupo foi formado por 108 estudantes, com idades entre 13 e 16 anos, e metade deles foi autorizada a mascar chicletes sem açúcar durante as aulas, a lição de casa e as provas. Em média, a turma do chiclete obteve notas 3% maiores. O número parece discreto, mas não deve ser desprezado, de acordo com os especialistas.

Outro estudo recente, envolvendo as gomas, mostrou que elas ainda diminuem as doses sangüíneas de cortisol, o hormônio do estresse. Os pesquisadores comparam dois grupos de alunos, ambos envolvidos em desafios de alta complexidade no computador. Aqueles que mascavam chiclete seguiram com a tarefa de maneira mais relaxada e obtiveram melhor rendimento.

Só não ache que as mastigadas estão liberadas e você pode fazer uso delas sem limite. O ideal, segundo o estudo é reservá-las para momentos que exigem mais concentração (e sempre preferindo as guloseimas livres de açúcar para preservar os dentes). "Movimentos repetitivos, como mascar chicletes, podem desencadear DTM ou disfunção temporomandibular", afirma o dentista Antonio Sergio Guimarães, especialista do MinhaVida.
O problema causa dores de cabeça fortes e, algumas vezes, até compromete a alimentação, porque o ato de mastigar provoca um incômodo persistente.

domingo, 11 de outubro de 2009

O que as escolas não ensinam???

Segundo Bill Gates:

Regra 1: A vida não é fácil, acostume-se com isso.

Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo
espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de você sentir-
se bem com você mesmo

Regra 3: Você não ganhará US$ 40.000 por ano assim que sair da
escola.Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e
telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu
próprio carro e telefone.

Regra 4: Se você acha seu professor rude e chato, espere até ter um
chefe. Ele não terá pena de você em nenhuma circunstância. Você será
cobrado o tempo todo.

Regra 5: Fritar hambúrgueres, cortar grama ou lavar carros não está
abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente
para isso: eles chamam de "oportunidade".

Regra 6: Se você fracassar, não é culpa de seus pais, então não
lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7: Antes de você nascer seus pais não eram tão chatos como são
agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, levar você à
escola, lavar suas roupas, fazer comida para você e ter que ouvir
você falar o quanto você é legal. Então, antes de salvar o planeta
para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos
seus pais, tente limpar seu
próprio quarto, lavar seus talheres e ser mais amável com sua mãe.

Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e
perdedores por imposição da Associação de Pais, Alunos e Mestres,mas
a vida não é assim, ela sempre fará esta distinção. Em algumas
escolas não se repete mais o ano letivo, e o aluno tem quantas
chances precisar até acertar. Isto não se parece absolutamente em
nada com a vida real. A vida não é dividida em semestres. Você não
terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados
o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

Regra 09: Televisão não é vida real. Na vida real, as pessoas têm que
deixar o barzinho ou o clube e ir trabalhar.

E a TOP........

Regra 10: Seja legal com os "Nerds" (CDF'S). "Existe uma grande
probabilidade de você vir a trabalhar para um deles."

Poupar se aprende na escola

Cada vez mais, colégios ensinam crianças a planejar gastos pessoais, guardar dinheiro para o futuro e evitar o consumismo. Especialistas apoiam e incentivam a iniciativa
Paola Carvalho
Zulmira Furbino

Diagnosticar, sonhar, ousar e poupar. Essas são as palavras escritas a giz no quadro da sala do quarto ano do Colégio Batista Mineiro, no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte. Os alunos, entre 9 e 10 anos, têm na ponta da língua as lições sobre consumo e finanças pessoais. “Gastamos dinheiro com o necessário, que é aquilo que serve para nos manter. E planejamos para gastar com os desejos, com lazer”, diz Iago Rocha. E, na contramão dos pais, emenda: “Eu compro coisas que eu quero e que preciso, mas meus pais gostam de comprar desejos”, conta. Bárbara Maria também demonstra ser consciente ao usar o pouco que consegue juntar. “Vou economizando o dinheiro do lanche para, no fim de semana, gastar sem ter que pedir dinheiro para o meu pai”, afirma. Letícia Monteiro faz planos ainda mais audaciosos. “Há dois anos junto dinheiro para comprar uma guitarra. Acho que em 2010 vou conseguir.”

São atitudes singelas, que parecem não ter grande efeito no futuro desses jovens estudantes. A coordenadora pedagógica, Fernanda Maciel Soares, explica, contudo, que o aprendizado sobre o dinheiro faz parte da formação de uma criança cidadã. “É importante saber a história do dinheiro, a sua importância, formas, como usar, a diferença entre desejo e necessidade, saber planejar. Tudo isso ajuda a desenvolver desde cedo uma percepção mais crítica da realidade, para que se tenha uma vida melhor”, destaca, chamando a atenção ainda para o fato de que a criança é influenciada a todo momento pela mídia, pelos colegas da escola e nos grupos de convivência. “Não é que o brinquedo não seja importante, mas é bom ter discernimento”, frisa.

A ideia da educação financeira para crianças e adultos começou a ser disseminada no Brasil há cerca de uma década, o que não quer dizer que tenha sido incorporada pela sociedade. Na avaliação do professor de finanças pessoais Rafael Paschoareli, a semente foi plantada, mas levará tempo para que os frutos sejam colhidos. “A cultura financeira ainda não está arraigada na vida dos adultos. Por isso, é difícil para os pais ensinar aos filhos como controlar o dinheiro quando nem eles sabem fazê-lo”, explica. De acordo com ele, esse aprendizado ainda levará pelo menos uma geração. Paschoareli acredita que as escolas ainda não estão bem orientadas e lamenta que a matéria não faça parte da grade curricular da esmagadora maioria das escolas brasileiras. Enquanto isso, os pais precisam, sozinhos, fazer o dever de casa.

O consultor financeiro Erasmo Vieira dá algumas dicas. O primeiro passo é explicar da onde vem o dinheiro, como funcionam os cartões de crédito e cheque, além de mostrar como é difícil ganhá-lo. O segundo, é tentar fazer planos com os filhos. “Estabelecer um objetivo ou sonho que motive a criança a deixar de gastar com uma coisa para conquistar outra”, explica. Uma ferramenta útil para ensinar como administrar o dinheiro é a semanada. Qual o valor ideal? Segundo os especialistas, R$ 1 para cada ano de idade. Outra orientação é explicar a diferença entre desejo e necessidade, mostrando as consequências de cada uma das escolhas. “É uma forma de começar a introduzir outro assunto, o orçamento financeiro”, afirma.

MITOS O consultor também afirma que a criança tem que aprender a esperar. “O pai tem que dizer. Comprar agora até pode, mas, se dividir, vamos pagar juros, ou seja, gastar mais dinheiro para comprar a mesma coisa. Se juntar para comprar à vista, pode ter até desconto”, exemplifica. O especialista tenta derrubar o mito de que levar criança em supermercado é sacrifício. “O filho deve fazer uma lista e os pais dão a ele uma quantia para comprar todos os itens com o dinheiro. A criança terá de fazer escolhas, aprendendo, com isso, a ter limite”, observa.

As lições são muitas, mas antes de tudo os pais precisam dar o exemplo, acredita a educadora financeira Cássia D’Aquino. “Uma criança aprende muito mais observando do que com um discurso que não é colocado em prática”, alerta. Para ela, o ensino de finanças pessoais no país é incipiente e, quando acontece, nem sempre é de boa qualidade. “Essa é uma área nova, por isso, os pais devem tomar cuidados com os cursos que são ofertados, já que muitos querem explorar esse novo nicho sem contar com a formação adequada”, avisa.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

PELADOS NA ESCOLA

Policiais Militares são indiciados por deixar alunos nus durante revista em colégio
Três policiais militares da cidade de Cássia, no Sul de Minas Gerais, foram indiciados pelo delegado Marcos Piedade por crime de desrespeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em 27 de agosto, eles teriam obrigado 35 alunos da Escola Estadual São Gabriel a tirar a roupa durante uma revista pessoal, após o sumiço de R$ 19 da carteira de uma aluna.
De acordo com o delegado, os policiais descumpriram o artigo 232 do ECA, que diz ser crime submeter criança ou adolescente a vexame ou constrangimento. O inquérito foi concluído na tarde de quarta-feira. A pena para esse tipo de crime é de dois meses a dois anos de prisão.
Tudo começou quando uma aluna do 9º ano do ensino fundamental reclamou o sumiço do dinheiro da carteira dela e a diretora da escola,
Élida Aparecida Brusiquese Garcia, permitiu a entrada dos PMs para a revista. Pela atitude, Élida chegou a ser advertida pela Superintendência Regional de Ensino.
Uma das alunas, que foi revistada no banheiro por uma policial, contou da atitude dos militares. “O policial chegou na sala falando que ia ser desse jeito: ’tirar a roupa’. Aí todo mundo começou a reclamar, falando que não ia. Aí ele falou que a obrigação deles era cumprir o que estava no mandado”, contou a adolescente.
A estudante ainda disse que a policial evou cada aluna para o banheiro para fazer a revista. Os meninos foram revistados no banheiro masculino. Na ocasião, a diretoria da escola negou o abuso de autoridade dos policiais. A escola havia informado que partiu dos próprios alunos a atitude de chamar a polícia.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ROBOTIZAÇAO

A história da humanidade é marcada pela busca do poder. O poder do homem sobre a natureza, do homem sobre o homem, de uma ideologia sobre a outra, de uma nação sobre as demais. Essa busca pelo poder tem contribuído para a manutenção de uma mundo cheio de medos, conflitos e incertezas, fazendo com que as pessoas passem suas vidas correndo atrás de pequenos poderes que lhes permitam não sentir medo, nem viver conflitos e incertezas. Essa corrida, no entanto, não premiou as pessoas com o que elas esperavam, a felicidade. Gostaria que você comentasse sobre isso.
- É preciso entender que todos nós somos programados para pensar de uma determinada forma. O governo parece nosso amigo, os professores parecem nossos amigos, mas eles não falam o que é bom para nós, eles não ensinam sobre nossos valores, nossas qualidades, eles não lembram que somos seres criadores. Eles ensinam a copiar. Por esse motivo, poucas crianças gostam da escola, porque elas sentem que alguma coisa está errada. Os jovens não são convidados a questionar e a melhorar as coisas, apenas a repetir. Nesse modelo somos tratados como números, fazemos provas a todo o tempo e quando a criança faz vem a prova ela é um bom robô. Crianças criativas escrevem as coisas que elas pensam e, por isso, são maus robôs. Com essa manipulação, tira-se a identidade da pessoa. Então, nós precisamos informar as pessoas que não somos robôs, somos seres criadores. Todos nós valorizamos os conhecimentos acadêmicos, mas nós precisamos lembrar quem nós somos. Esse é o conhecimento que devemos levar daqui.

sábado, 3 de outubro de 2009

EDUCAÇAO X VIOLENCIA

Não é incomum ouvirmos o discurso, com grande razão, defendendo a educação como meio de resolução do(s) problema(s) da(s) violência(s) no Brasil. Sem crianças e jovens educados, com perspectiva profissional, moral e ética, dificilmente teremos uma sociedade pacífica, afirmam. Acontece que no Brasil a violência está tão disseminada, que até mesmo os ambientes responsáveis por educar, as escolas, estão sofrendo com isso, de modo que nos fica a pergunta: o que fazer se, conforme o raciocínio exposto, a falta de educação gera violência e a violência está impedindo que a educação, já com tantas dificuldades, seja implementada? Como anular esse sistema que se retroalimenta?
Obviamente, não podemos pensar em violência apenas como a agressão física cometida a uma pessoa, já que outros conflitos e instabilidades geram, às vezes, traumas mais danosos às pessoas e ao ambiente. Mas sem querer enveredar pelas discussões acadêmicas acerca do conceito de violência, podemos estabelecer, como fez a pesquisadora Angelina Peralva, o que caracteriza esse problema numa escola:
“Mulheres que já não ousam dar aula com a porta fechada. O conselheiro de orientação espancado, carro deteriorado por trás de portões de estacionamento fechados a cadeados, penetração constante na área do estabelecimento de pessoas estranhas a ele, na maioria das vezes ex-alunos que vinham acertar contas com colegas ou ex-professores, inclusive dentro das salas de aula.”
Por incrível que pareça, a descrição acima se refere a escolas francesas, mas na década de 90, onde também se enfrentava problemas similares aos nossos.
O curioso das mais recentes manifestações de violência na escola, é que foi quebrado o quase monopólio das ações truculentas por parte dos professores e funcionários, que por se situarem em condição hierárquica superior, costumavam ser os protagonistas dos casos de violência – indo desde o assédio moral até a violência física propriamente dita. Quem nunca ouviu de seu pai ou avô que em sua época os professores davam “bolo” ou usavam réguas e outros instrumentos para punir os alunos?
Atualmente temos a positiva consciência dos alunos, pais e professores de que o tratamento truculento dispensado do professor ao aluno é inaceitável. Os pólos estão invertidos: vê-se mais o aluno agredindo o professor do que o contrário – algo que o senso comum defenderá erroneamente como uma consequencia da abolição do tratamento abusivo que os professores exerciam antigamente. Professores e funcionários sofrem com a violência não por serem mais “brandos” do que no passado, mas porque vivemos um contexto extra-escolar que não foi absorvido devidamente pelas práticas da escola atual.
A escola não pode ser uma entidade que apenas se dispõe a ajudar o aluno a ’ser alguém quando crescer’ (a esse argumento capitalista sempre retruquei que todos tem o direito de não ’ser alguém’). Qual o vínculo criado entre o aluno e a escola? Moral, ética e cidadania são conceitos que passam longe das nossas instituições de ensino – públicas e privadas. Claro que é uma injustiça colocar toda essa responsabilidade no colo dos educadores formais, já que a família tem papel fundamental nesse âmbito. Mas a escola, como provocadora e incentivadora dessa nova postura, adequada ao status democrático que conquistamos em 1988, tem falhado.
Falha a escola como falha a polícia, e aqui toco no problema da violência nas escolas me referindo às responsabilidades do setor da segurança pública. O que se vê implementado na maioria dos estados brasileiros como “solução” para a violência nas escolas é o que, grosso modo, chamam de “Ronda Escolar”. Não que não seja importante o patrulhamento nos horários de entrada e saída de alunos nas escolas, mas o contexto da violência exige menos recursos logístico-financeiro e mais disposição para o diálogo (menos capital e mais comprometimento).
A filosofia de polícia comunitária é perfeita para atingir o problema da violência nas escolas. Ou melhor, o comunitarismo é perfeito para atingir o problema da violência nas escolas. O policial responsável pelo patrulhamento de determinada rua tem que dialogar com a diretora e as professoras que trabalham na escola daquele lugar, e ambos devem interagir com o médico e as enfermeiras do posto de saúde. Todos esses agentes públicos devem estar em sintonia com o líder comunitário e demais moradores, e os problemas devem ser compartilhados sob a ótica de cada competência – que não precisam ser exacerbadas.
À pergunta “quem é o aluno que comete violência na escola?”, todos os atores acima terão uma resposta a dar, cada um sob sua ótica profissional. Do mesmo modo que responderão à questão: “o que podemos fazer?”. O grande problema, que não ocorre apenas quando se trata de violência nas escolas, é conseguir unir essas pessoas, e garantir uma educação plena para uma segurança plena, e vice-versa.
PS: Sobre o assunto, sugiro a leitura do artigo “A Instituição Escolar e a Violência”, de Marilia Pontes Sposito, de onde tirei a citação de Angelina Peralva.
Em: Opinião, Reflexão