sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Novas metas para novas mentes

No último relatório da Unesco sobre educação do terceiro milênio, depois de várias discussões nos mais diversos fórums, tivemos como resultado a premissa que a Educação deve basear-se em quatro pilares fundamentais para que seja considerada adequada. São eles:
>> Aprender a aprender;
>> Aprender a ser;
>> Aprender a fazer;
>> Aprender a conviver.
Quando olhamos para estes quatro pilares não precisamos de muita sapiência para deduzirmos que para alcançarmos estas metas já não nos bastam mais os bancos escolares. No final do terceiro milênio tivemos vários fatos marcantes. A chegada da Internet e a "diminuição" do mundo - a aldeia global -, o progresso da tecnologia contrariando de maneira assoberbada, o que dizia Domenico De Mazzi em seu livro O Ócio Criativo, e fatos históricos como a queda das torres gêmeas, o sepultamento do Socialismo, o ataque com gás sarim em um metrô de Tóquio, o escândalo sexual envolvendo a Casa Branca, a clonagem da ovelha Dolly, o grande Tsunami de 2004 dentre, entre outros... Tudo isso fez com que o mundo prestasse atenção. Afinal de contas, a mídia nos bombardeou de maneira espantosa com essas notícias.
Enquanto todos estes fatos aconteciam, houve uma revolução silenciosa, tênue, básica, já prevista pelo guru dos negócios Peter Drucker, que é a revolução do conhecimento e da sociedade. Hoje, o aparato tecnológico nos permite estarmos em vários lugares ao mesmo tempo e termos opções de conexão que nem sequer imaginávamos que aconteceriam.
Como fruto desta revolução, hoje, jovens entre os 16 e 25 anos, antes de definitivamente entrarem para a fase adulta da vida, sabem o que querem e porque querem. Não são como nós, frutos da revolução dos “baby boomers” que tínhamos como premissa básica da vida o sucesso publico e notório a qualquer custo. A geração desta faixa etária de hoje está mais consciente dos conceitos de felicidade, de qualidade de vida e é ela que detém o conhecimento. Além disso, não se curvam facilmente a triste realidade das organizações do século XX, quando esperava-se colaboradores obedientes e não questionadores que recebiam uma cartilha do que deveriam fazer e deveriam desempenhar bem o seu papel.
A era da “cenourinha e do chicote” acabou dentro das organizações. Ao contrário da percepção de muitos, temos uma geração extremamente inteligente, dona de seu próprio nariz, sabendo a que veio e deixando claro quais são seus objetivos de vida. E mais, estes objetivos de vida passam muito mais pelo ser, pelo conviver, pelo fazer, do que pelo “ter”.

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