sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cadeiras vazias

O MEC (Ministério da Educação) informa que 1.479.318 vagas não foram preenchidas nos cursos de nível superior no Brasil nos dois últimos anos. 
A justificativa apresentada é que durante o processo para autorização de um novo curso as instituições educacionais solicitam mais vaga do que desejam oferecer.
Entretanto, basta verificar a situação do ensino público nos níveis fundamental e médio nos últimos 20 anos para constatar a necessidade de uma orientação vocacional que não existe. Porque se existisse, o aluno poderia escolher as matérias que deseja estudar e assim, aprofundaria seus conhecimentos nessas matérias, ganharia tempo para se dedicar a outras tarefas e custaria menos ao Estado e aos seus pais.
Detectar a vocação do aluno deveria ser a primeira preocupação das instituições educacionais.
Para tanto, se faz necessário uma profunda revisão na grade curricular tanto no ensino fundamental como no médio.
Agora, esperar por parte do MEC essas modificações que significam avanços é perda de tempo. O MEC faz o que o governo manda. E governo nenhum, ainda mais se for brasileiro, pretende um povo culto, esclarecido, senhor de si, que seja capaz pensar, agir e decidir com a razão. Um povo assim representaria ameaça ao Poder porque tomaria e seria um novo Poder.
Portanto, essa sonhada revolução educacional deve partir das instituições públicas e privadas. Algo que nos parece no momento impossível. Porque a primeira está sucateada, desmotivada, quase inexiste de fato embora exista de direito. E a segunda, em sua maioria, encara a educação apenas como um comércio.
A educação tem que ter os pés na realidade e o olhar para o futuro. E esquecer um pouco o passado. Que, se necessário, pode ser consultado nos inúmeros meios de informação de que hoje se dispõe.

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