sexta-feira, 24 de julho de 2009

aos professores


A SEICHO-NO-IE DO BRASIL, por intermédio de sua Superintendência das Atividades dos Educadores, vem registrar o seu mais sincero reconhecimento de nobreza e profunda gratidão aos senhores professores e às senhoras professoras, pela incontestável e relevante contribuição, através do exercício de sua missão, na construção dos alicerces basilares desta Nação.
É de nosso conhecimento que o ensino instrui o ser humano a descobrir as leis da Natureza, ou seja, a ciência; mas a educação leva o ser humano a criar valores dentro de si mesmo. O ser humano instruído na ciência pode ser bom ou mau, porém o ser humano que educou sua consciência é essencialmente bom e feliz.
Não usamos a palavra EDUCAÇÃO em seu sentido popular (graus de instrução), mas no seu significado rigorosamente etimológico e verdadeiro: do latim edvcere, composta por EX (para fora) + DVCERE (conduzir, levar), e significa literalmente “conduzir para fora”, isto é, preparar o individuo para o mundo, sugerindo que o educador deve extrair, desenvolver e fazer manifestar o que JÁ existe na natureza do educando.
Recebam as nossas mais sinceras homenagens, por terem abraçado em sua vida a única profissão que propicia aplicar o amor na sua mais expressiva manifestação de sublimidade ... Parabéns, professores e professoras !
ASSIM SE CONCRETIZA O MUNDO IDEAL
Em sua obra Meditando Sobre a Vida, o mestre Masaharu Taniguchi trata de um dos princípios fundamentais da Educação da Vida, que é o elogio, citando a experiência vivida pelo Nobuomi Matsuura, um professor de curso secundário, narrada por ele mesmo, por ocasião de um Grande Seminário da Seicho-No-Ie, realizado no auditório público da cidade de Kanazawa.
(...) Lendo um dos volumes da coleção A Verdade da Vida, que versa sobre Educação na Prática, ele deparou com o ensinamento do seguinte teor: ‘O homem é originalmente filho de Deus. Portanto, não existem crianças ruins. Mesmo as que aparentemente são malcriadas, na verdade, são boas por natureza. Ao reconhecermos e elogiarmos os seus pontos positivos, elas manifestam a Imagem Verdadeira, que é originalmente perfeita, e passam a ser bons meninos e boas meninas’. O prof. Matsuura considerou bastante lógica essa afirmação. Justamente nessa época, ele estava tendo dificuldade em lidar com um aluno rebelde, que vivia provocando confusões. No intuito de colocar em prática o princípio da educação preconizando no mencionado livro, o prof. Matsuura resolveu procurar um ponto positivo nesse aluno para poder elogiá-lo, embora considerasse isso muito difícil. Mas, certo dia, ao entrar na sala de aula, deparou com algo que o surpreendeu: o garoto estava consertando, espontaneamente, uma carteira quebrada. O professor percebeu que era uma ótima oportunidade para elogiá-lo e disse-lhe: ‘Você fez um trabalho maravilhoso. É um aluno excelente’. Apesar dos entusiásticos elogios do professor, o aluno não teve reação de contentamento. Pelo contrário, mostrou um expressão de hostilidade como se pensasse: ‘Tá querendo me agradar com esses elogios ?. O prof. Matsuura pensou ‘ Reconheci a boa ação desse menino e o elogiei, mas ele reage de modo hostil. Será que a teoria educacional constante no livro A Verdade da Vida não passa de uma mentira? E, nesse momento, sentiu-se decepcionado. Mas, depois, refletiu sobre a própria atitude mental: ´Será que eu havia reconhecido realmente a bondade inata desse menino ? Admito que não. Eu o considerava um garoto malcriado e pensava em corrigi-lo por meio de elogios, mas só elogiava da boca para fora. Eu vinha recorrendo a um artifício. O garoto havia percebido isso, e por isso não obtive o resultado esperado mesmo quando o elogiei com sinceridade’.
“Pouco tempo depois, o prof. Matsuura teve oportunidade de participar de uma reunião das mães dos alunos, na qual estava presente a mãe do referido aluno. Ele falou com ela e disse-lhe com franqueza:
“-Eu achava que seu filho era um menino mau; mas, outro dia, vi-o consertando espontaneamente uma carteira quebrada da nossa sala de aula, e realmente fiquei admirado. Percebi que, na verdade, ele é um bom menino. Quem estava errado era eu, que não havia reconhecido a bondade inata dele. Peço-lhe que me perdoe.
“A mãe do aluno ficou muito emocionada e, vertendo lágrimas, disse: “-Oh professor,eu só tenho a lhe agradecer. Meu filho tem sido um mau aluno e, desde a 1ª serie do curso primário (ensino fundamental I) até agora, nunca havia sido elogiado por nenhum professor. Mas o senhor, em vez de criticá-lo, disse-me coisas tão boas a respeito dele.
“A partir de então, o comportamento desse estudante melhorou cada vez mais e, em pouco tempo, ele se tornou um bom aluno. “Essa transformação ocorreu porque o prof. Matsuura mudou por completo a sua postura mental em relação a esse aluno, e, ao mesmo tempo, a mãe do menino também mudou totalmente a sua postura mental em relação ao filho. Isto é, ambos passaram a contemplar a Imagem Verdadeira do menino. Reconhecer a perfeição da Imagem Verdadeira de alguém não significa elogiá-lo olhando apenas o seu aspecto fenomênico, mas sim conscientizar-se verdadeiramente de que ele é filho de Deus e, portanto, perfeito. De modo análogo, para a concretização do mundo ideal, é essencial aumentar o número de pessoas que contemplem a perfeição da Imagem Verdadeira do mundo .(...)”
A aplicação prática do poder das palavras de elogio estimula a manifestação da Imagem Verdadeira dos alunos e ajuda a aumentar o autoconfiança; por isso, é de suma importância o professor ponderar bem as palavras antes de falar.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Educador(a)
Assim que iniciar a aula, elogie seus alunos. EM seguida, peça para cada um elogiar um colega, a cada dia, enaltecendo um ponto positivo desse colega.
Pratique essa atividade por, no mínimo, 30 dias, e notará uma mudança significativa, não só no comportamento, mas na aprendizagem deles ....
Fonte: Bibliografia: CUNHA, Antonio Geraldo da. Dicionário Etimológico Nova Fronteira da LÍNGUA Portuguesa. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
TANIGUCHI, Masaharu. Meditando Sobre a Vida. 1ª Ed. São Paulo:Seicho-No-Ie do Brasil, 2006, PP. 93-96.
Compilação: educadores@sni.org.br – HTTP://sni.org.br/educadores/

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